quinta-feira, 18 de abril de 2024
PIB de Goiás deve crescer 3,1% em 2022

PIB de Goiás deve crescer 3,1% em 2022

O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás deve crescer 3,1% este ano e 0,9% em 2023, bem acima das previsões para o Brasil, 1,7% e 0,4% respectivamente.

11 de agosto de 2022

Sérgio Vale: “Peso do agribusiness nas cadeias industriais e de logística de Goiás ultrapassa os 50%”

O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás deve crescer 3,1% este ano e 0,9% em 2023, bem acima das previsões para o Brasil, 1,7% e 0,4% respectivamente. É o que mostram as projeções da Tendências Consultoria, ao ressaltar que os Estados do Centro-Oeste apresentam o maior crescimento econômico em 2022, puxado pela agropecuária.

Conforme o levantamento, publicado pelo jornal Valor, o PIB Goiás terá o quarto melhor desempenho do País este ano, ao lado do Maranhão. O ranking é liderado por Mato Grosso (5,6%) seguido por Mato Grosso do Sul (4,6%) e Piauí (3,7%). Para 2023, o cenário é positivo para produtores de soja, milho, algodão, carne, biocombustível e celulose, o que beneficia Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

De acordo com o levantamento, depois da estiagem em 2021, a produção agrícola voltou a acelerar, com previsão de recorde safras de soja e milho. Conforme Camila Saito, economista do setor de análise setorial da Tendências e uma das autoras do levantamento, as indústrias de Estados que têm o agronegócio forte devem se beneficiar do cenário favorável para a produção de alimentos, biodiesel e celulose.

Para Fábio Silveira, sócio-diretor da MacroSector Consultores, além da atividade do setor primário, lavoura e pecuária fazem indústria e serviços se movimentar nesses Estados. “É o agronegócio no sentido mais amplo que traciona esses Estados”, frisou.

Na mesma direção em entrevista ao Valor, o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, ressalta que o peso do agribusiness nas cadeias industriais e de logística desses Estados ultrapassa os 50%. Segundo ele, o crescimento do agro acaba, portanto, ajudando a economia como um todo.

No Brasil

Já no Sul do Brasil, algumas partes podem ter contração por causa das quebras de safra de grãos, devido à estiagem, e a baixa produção industrial dos setores pró-cíclicos, como máquinas e equipamentos, e metalurgia. Por causa do fenômeno climático La Niña, é possível que novas safras sejam afetadas e que o PIB dos Estados do Sul volte a desapontar.

Estados que dependem de indústrias e serviços, como São Paulo, devem ter crescimento moderado, dentro da média nacional, enquanto os do Sul devem ter contração. Conforme a consultoria, o PIB São Paulo deve crescer 1,6% este ano por causa do desempenho mais fraco da indústria, especialmente setores como o automotivo e o de bens de capitais. O Rio de Janeiro tem projeção de crescimento de 2,1% por causa do setor petroleiro. A alta do petróleo no mercado internacional indica um futuro promissor.

Saiba mais: PIB goiano cresce 4% no primeiro trimestre de 2022

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