Foram quase 20 mil novos negócios abertos em Goiás apenas no primeiro semestre deste ano, a maioria micro e pequenas empresas
De janeiro a julho deste ano, foram criados 19,4 mil novos negócios em Goiás. É um novo recorde para o Estado. Para se ter uma ideia, é um quantitativo 38,5% maior que no mesmo período do ano passado e 40,5% superior se comparado com os primeiros seis meses de 2019, antes da pandemia da Covid-19. Os dados foram divulgados no Portal da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas (Redesim).
Somente no mês passado, foram abertos 2,6 mil novos negócios no Estado, liderando o ranking de novos CNPJ’s na Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País. Goiânia é a cidade onde mais empresas foram criadas (1 mil) em julho, seguido por Anápolis (153), Aparecida de Goiânia (147), Rio Verde (103) e Luziânia (53).
É o caso do pequeno empresário Pietro Marques, que abriu a Conectar Gyn em maio deste ano. “Levei apenas 1 dia para abrir a minha empresa. Isso elimina uma série de burocracias que afastam os empresários da formalidade. Hoje possuo 12 funcionários forma direta e, com certeza, sinto que estou contribuindo para vencermos o desemprego, mesmo que com uma pequena parcela”, diz.
Segundo os dados da pesquisa, o tempo médio para abertura de uma empresa no Estado em julho foi de 20 horas.
O economista Aurélio Trancoso chama atenção para um dado: 887 empresas foram criadas em Goiás no primeiro semestre deste ano com capital social superior a R$ 500 mil. “Com esses dados, percebemos que a grande maioria das novas empresas é de pequeno porte. E, com exceção da construção civil, faltam indústrias”, diz. Mas, ele frisa que são os pequenos negócios que mais geram empregos no Brasil e em Goiás.
O setor de serviços lidera, disparado, a criação de novos empreendimentos neste ano em Goiás, com quatro em cada CNPJ aberto. O segmento de serviços combinados de escritório e apoio administrativo lidera o ranking de julho, com 272 unidades.
É seguido pelos segmentos de preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo (179), comércio varejista de bebidas (172), atividades de consultoria em gestão empresarial (167) e o ramo de treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial (159).
Em relação à indústria, apenas a construção civil continua aquecida. Surgiram 157 novas empresas no setor em Goiás, ocupando a sexta colocação em geral.
Aurélio Trancoso aponta que apesar da alta no segmento, a indústria exige atenção. “O setor industrial e o agronegócio não possuem um volume grande abertura de novos negócios no Estado. E quando falamos de indústria, falamos também de ICMS, de arrecadação do Estado”, diz.
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