quinta-feira, 18 de abril de 2024
Inflação desacelera em Goiânia, mas continua alta

Inflação desacelera em Goiânia, mas continua alta

O IPCA de abril da capital goiana foi de 0,37%, mas neste ano ainda acumula alta de 5,% e nos últimos 12 meses de 12,3%.

9 de junho de 2022

Se a conta de energia deu um refresco, os preços dos combustíveis continuam castigando o bolso do goianiense

A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,37% em maio em Goiânia. É menos da metade do registrado em abril, de 0,81%. O acumulado do ano de 2022 chega a 5,02% e nos últimos 12 meses a 12,3%. A inflação na capital goiana em maio ficou abaixo da média nacional (0,47%), mas os índices acumulados são maiores.

No Brasil, o acumulado do ano foi de 4,78% e a variação dos últimos 12 meses chegou a 11,73%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9/6) pelo IBGE.

A menor inflação em Goiânia de maio é creditada à queda nas tarifas de energia elétrica residencial, de 8,79%. Em abril, a energia elétrica havia caído 10,6%, por conta do fim da tarifa emergencial. Embora esta despesa acumula queda de 12,2% no ano, no acumulado dos últimos 12 meses continua em alta de 12,6%.

Custo na garagem

O levantamento do IBGE mostrou que o item que mais pesa na cesta de compras das famílias goianienses com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos é o veículo próprio. Em maio, o item subiu 1,28%. O preço do carro próprio subiu 18 vezes consecutivas, o que justifica o acumulado de 13,9% nos últimos 12 meses.

O segundo item de maior peso é o de combustíveis, que teve a terceira alta consecutiva em maio (0,9%), acumulando 8,1% no ano e 28% nos últimos 12 meses. Completando a lista, o terceiro item com maior peso na cesta de compras das famílias goianienses é aluguel e taxas, com aumento de 0,88% em maio, acumulando 6,99% no ano e 10% em 12 meses.

O economista Luiz Carlos Ongaratto chama a atenção para o custo da habitação, do vestuário e da mão de obra. “Goiânia tem a peculiaridade de concentrar muito capital oriundo do agronegócio, o que aquece o mercado de empreendimentos imobiliários”, afirma. Ele diz o aumento do custo médio do metro quadrado de 5,16% no Estado em maio, com maior concentração na capital.

“Outro ponto importante é o vestuário e mão de obra. Esse custo de mão de obra elevado puxa o custo das confecções, transporte, pessoal. Goiânia, por ter um vestuário mais barato, tem um impacto grande nesse número. A roupa barata ficou um pouco mais cara”, frisa.

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One thought on “Inflação desacelera em Goiânia, mas continua alta”

  1. Até mesmo o combustível deu uma treguazinha. Abasteci hoje com etanol a 4,47