quinta-feira, 25 de abril de 2024
Diesel faz caminhoneiros goianos desistirem

Diesel faz caminhoneiros goianos desistirem

Aumento de quase 50% somente neste ano no preço do diesel faz muitos caminhoneiros desistirem da profissão, segundo o sindicato. E preços sobem nos supermercados goianos com os fretes mais caros.

13 de maio de 2022

A Petrobras anunciou o aumento do preço do diesel em 8,87% nas refinarias na terça-feira (10/5), o que significa aumento de 40 centavos no litro do combustível. E neste ano o preço médio do diesel já acumula alta de 47%. Isto tem inviabilizado as empresas de transportes de cargas e também os transportadores autônomos. Além disso, também causa impacto nos preços dos alimentos e dos produtos básicos por conta do frete mais caro, gerando maior inflação em Goiânia e no País.

O presidente do Sindicato de Transportes de Cargas e Logística do Estado de Goiás, Ademar Pereira, diz que o aumento pode gerar um efeito cascata irreversível para o consumidor.

“Estamos pagando em média R$ 6,99 no litro. Esse valor se torna quase inviável. Os custos chegarão à população, pois é impossível absorver tudo. A população precisa entender que o Brasil é um país viário. Todo reajuste dos combustíveis afeta absolutamente tudo”, afirma ao EMPREENDER EM GOIÁS.

Pereira enfatiza ainda que diversos caminhoneiros têm desistido da profissão. “Estamos nos sentindo impotentes. A crise é global, não há o que fazer. Caminhoneiros, principalmente os autônomos, estão desistindo. Cerca de 60% dos valores de frete são para combustíveis. Por conta da situação, os preços de caminhões usados estão em queda”, frisa.

Impacto ao consumidor

O presidente da Associação Goiana de Supermercados, Gilberto Soares, explica que os comerciantes não conseguem absorver o aumento dos custos com fretes. “As transportadoras alteram os valores e, infelizmente, temos que repassar. É uma bola de neve: muitos comerciantes falindo, muita gente sem dinheiro para comprar”, frisa.

Sobre os preços, Gilberto Soares alerta que quando se trata do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA/FGV), que mede a inflação na indústria e na agricultura, o diesel tem um peso maior que a gasolina. “Com as margens corrompidas, inevitavelmente o aumento chegará ao consumidor final. Claro, alguns produtos terão maior aumento que outros”, afirma.

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