sexta-feira, 26 de abril de 2024
Bolsonaro pressiona para conter reajustes dos combustíveis

Bolsonaro pressiona para conter reajustes dos combustíveis

Auxiliares do presidente Bolsonaro defendem que o melhor seria o próprio Silva e Luna tomar a iniciativa de deixar o comando da Petrobras.

14 de março de 2022

O reajuste de gasolina, diesel e GLP nas refinarias da Petrobras, que entrou em vigor na sexta-feira (11/3), recebeu várias críticas no meio político e colocou na corda bamba o atual comando da estatal. O reajuste irritou o presidente Jair Bolsonaro, que não descartou adotar novas medidas – como subsídios ou uma mudança na política de preços da companhia – para conter os aumentos.

O presidente, partidos da oposição e aliados do governo são críticos ao Preço de Paridade de Importação (PPI) adotado pela Petrobras. Mesmo sem falar em demissão do presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, que está apenas há um ano no cargo, Bolsonaro disse que, com exceção dele próprio e do vice-presidente, Hamilton Mourão, “qualquer um no governo pode ser trocado”.

“Tem certas coisas que não preciso comentar. Ele [Silva e Luna] vai ligar pra mim e falar: ‘Está satisfeito com o reajuste?’. Não vai. Ele sabe o que eu penso disso e o que qualquer brasileiro pensa disso. Agora, o brasileiro tem que entender que quem decide esse preço não é o presidente da República. É a Petrobras com seus diretores e os seus conselhos”, disse Bolsonaro. Auxiliares do presidente defendem que o melhor seria o próprio Silva e Luna tomar a iniciativa de deixar a estatal.

Impostos

No mesmo dia em que a Petrobras anunciou o aumento, os senadores aprovaram o projeto de lei que altera o ICMS dos combustíveis e outro que cria um fundo de estabilização dos preços. A Câmara dos Deputados também aprovou o projeto do ICMS, que foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro ainda na noite de sexta.

Levantamento semanal de preços feito pela ANP entre 6 e 12 de março mostra que a cotação máxima da gasolina comum já supera R$ 8 na Bahia e no Rio de Janeiro. Foram pesquisados 5.040 postos de combustíveis em todo o País. O diesel já supera R$ 7 em cinco estados: Bahia, Goiás, Maranhão, Pernambuco e Santa Catarina. A maior máxima é registrada também na Bahia, com R$ 7,56. Quando ao gás e cozinha, Acre, Goiás, Pará, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo registram máxima a partir dos R$ 130, com a maior cotação em Mato Grosso – R$ 140.

Já os caminhoneiros e transportadoras decidiram parar desde sexta-feira, alegando que o reajuste do diesel inviabilizou o frete. O assessor da presidência da Confederação Nacional de Transportadores Autônomos (CNTA) diz que se trata de uma paralisação técnica e sem bloqueios nas estradas. A entidade afirma ainda que “o aumento fez com que o sistema entrasse em colapso”.

Leia também: Aumento dos combustíveis deve ter efeito cascata nos demais preços.

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