terça-feira, 16 de abril de 2024
FGR começou com US$ 6 mil e várias crises

FGR começou com US$ 6 mil e várias crises

A FGR Urbanismo é uma das empresas de referência no mercado de condomínios horizontais no País, tendo construído 20 em sete Estados, e muito conhecida pelo slogan “Jeito Jardins de Viver”. Mas sua história começou como milhares de pequenas empresas goianas: com quase nenhuma estrutura e clientes, mas muita vontade de crescer.  A empresa goiana […]

21 de agosto de 2020

Frederico, Guilherme e Rodolfo, sócios da FGR: riscos calculados fizeram a empresa crescer

A FGR Urbanismo é uma das empresas de referência no mercado de condomínios horizontais no País, tendo construído 20 em sete Estados, e muito conhecida pelo slogan “Jeito Jardins de Viver”. Mas sua história começou como milhares de pequenas empresas goianas: com quase nenhuma estrutura e clientes, mas muita vontade de crescer.  A empresa goiana é a junção das iniciais dos nomes dos três sócios: Frederico Peixoto Craveiro, Guilherme Peixoto Craveiro e Rodolfo Dafico de Oliveira que, ainda muito jovens, decidiram montar o próprio negócio em Goiânia. Para isto juntaram suas economias: US$ 6 mil (cerca de R$ 30 mil).

O ano era 1986 e o Brasil vivia grave crise, com hiperinflação e sucessivos planos econômicos fracassados. Dois amigos tinham acabado de formar em Engenharia Civil na UFG e outro ainda fazia o curso, quando perceberam neste caos uma oportunidade de negócio: realizar pequenas obras, geralmente subempreitadas de empresas maiores. “Parentes e quem estava no mercado tentaram nos desestimular. Hoje vemos que encontramos uma oportunidade na época em que poucos viam ou não queriam ver”,  diz Guilherme em entrevista ao EMPREENDER EM GOIÁS, uma das poucas que costuma conceder. Além da aptidão para correr riscos e trabalhar muito, o trio de sócios é conhecido também pela discrição.

Crise? Oportunidade

A grave crise econômica na segunda metade da década de 80 abalou as maiores construtoras de Goiás e do País, que pouco se aventuravam em novos empreendimentos. O mercado estava paralisado, com medo de investir recursos e energia em novos projetos. Mas a FGR era apenas três jovens animados com seu negócio próprio.

“Nós tínhamos muita energia. Conseguimos pequenos serviços e ganhamos espaço exatamente porque o mercado estava parado. Se não fosse a crise, não existiria a FGR”, afirma Guilherme. Não por acaso, o empresário faz um paralelo entre a situação econômica vivida por eles na década de 80 e a recessão atual. “É o momento em que muitos jovens hoje estão. O País já trocou o presidente, pode trocar de novo e fica este caos. Mas é quando também surgem oportunidades e espaço para boas ideias empreendedoras”, diz.

É claro que nenhum (ou quase nenhum) empreendedor começa em mar de rosas. Não foi diferente com o trio da FGR, que passou por várias dificuldades, como falta de capital. Soma-se à isto o fato de não ter experiência e conhecimento de gestão empresarial. Mas sobrava vontade de aprender e trabalhar. No começo faziam de tudo para o negócio vingar, como em todas pequenas empresas. A ajuda de amigos e parentes era fundamental. Um contador amigo da família, por exemplo, fez preço para lá de especial para ajudar a contabilidade e gestão da FGR.

“É uma característica do empreendedor: tem de se adaptar e arriscar. Não existe nenhum empreendedor que não corra riscos”

Com aumento dos serviços, Guilherme decidiu pedir demissão do (bom) emprego que tinha como engenheiro para se dedicar à FGR. Só não havia sobras para receber pró-labore. Solução: Rodolfo continuou no emprego na Encol, uma das maiores construtoras do País na época, e dividia seu salário com Guilherme. O mais novo dos três sócios, o ainda universitário Frederico, dava expediente como estagiário, mas ajudava em todas tarefas. Em menos de dois anos a empresa ganhava mercado e chegou o momento de Rodolfo também pedir demissão do emprego. A FGR já participava de licitações públicas e tocava obras rodoviárias em São Paulo e no novíssimo Tocantins.

Embora a experiência serviu para testar a capacidade de empreendedorismo dos trio, as dificuldades para lidar com o setor público desanimaram os sócios. Resolveram, então, diversificar o foco da empresa. Surgiu a ideia de empreender no ramo dos conjuntos habitacionais, algo que tiveram a oportunidade de conhecer e trabalhar com as obras públicas. Com a vontade de sair da área pública, os jovens empreendedores tiveram a grande sacada que definiria, nas três décadas seguintes, a FGR. Mas o começo, novamente, não foi fácil.

Condomínios fechados

A FGR lançou e construiu no início da década de 90 o seu primeiro conjunto habitacional: o Brasília Sul, da divisa de Goiânia com Aparecida. As vendas foram um sucesso, mas os planos econômicos do então governo Collor acabaram com o crédito imobiliário no País. Não havia como financiar os compradores de baixa renda. O empreendimento estava pronto, mas fadado ao fracasso. Só que não. Os empresários novamente viram no cenário desfavorável uma nova oportunidade de mercado. Como? Inovaram.

“O empreendimento Brasília Sul, como concebido, estava inviabilizado. Mas já tínhamos decidido de sair do ramo de obras públicas. Então tivemos a ideia de transformar o conjunto habitacional em um condomínio horizontal agregando valor ao empreendimento, ao descobrimos que existiam clientes interessados em segurança, conforto e lazer. Decidimos arriscar”, afirma Rodolfo.

Percebendo o potencial do negócio, os sócios passaram a estudar mais o segmento. Foram muitas visitas a condomínios horizontais para desenvolver o conceito utilizado primeiramente no Jardins Viena, inaugurado em 1995. Detalhe: a FGR sequer tinha dez anos de mercado. Mas, pela primeira vez, os ventos econômicos sopravam à favor com a maior estabilidade da moeda brasileira com a implantação do Plano Real.

Lago no bosque do condomínio Jardins Florença, segundo condomínio do grupo FGR construído em Goiânia (1997)

Além do conceito de condomínios horizontais, conhecido como “Jeito Jardins de Viver”, a FGR ofereceu outra facilidade para os clientes: pagamentos de lotes divididos em até 60 meses. A concorrência parcelava, no máximo, em 12 vezes. “Olhando para trás, éramos mesmo inocentes. Acreditamos nesse Plano Real e deu tudo certo”, brinca Rodolfo.

“É o limite do risco e da responsabilidade. É uma característica do empreendedor, ele tem de se adaptar e arriscar. Não existe nenhum empreendedor que não corre risco”, frisa Guilherme. A FGR achou seu filão no mercado e não parou mais de lançar condomínios horizontais. Em duas décadas foram mais 16 na região metropolitana de Goiânia e há também condomínios da empresa goiana em Uberlândia (MG), Fortaleza (CE), Natal (RN), VIlha Velha (ES), Belém (PA) e Araguaína (TO).

Concorrência

O mercado de condomínio horizontal entrava em forte expansão e logo chegaram fortes concorrentes no mercado. Porém, isto não preocupou os sócios da FGR, que têm como regra principal na empresa sempre priorizar a preocupação com o cliente e com a qualidade do produto. Isto ajudou a consolidar a marca Jardins, principalmente no mercado goiano. “Nossa preocupação sempre foi criar uma marca e, por isso, prezamos muito pela qualidade do nosso produto. O cliente sabe que nosso asfalto é melhor e sabe que estaremos sempre preocupados com o bem-estar dele”, diz Rodolfo.

O sucesso dos condomínios Jardins permitiu à FGR expandir, assim como fez no início da sua história, seus negócios. A Cidade Empresarial, em Aparecida, foi construída pelo grupo goiano. Embora outros empreendimentos foram abertos, o foco continua nos condomínios horizontais. “Temos uma única certeza na FGR sobre o futuro: o que não vai mudar nos próximos dez anos é que as pessoas vão continuar querendo morar com qualidade e segurança. As pessoas vão ter de morar cada vez mais longe da cidade, mas nós vamos dar condições para que o nosso cliente tenha qualidade de vida sem ir muito longe de casa. A tecnologia hoje também nos favorece”, diz Guilherme.

Nota do EMPREENDER EM GOIÁS: atualização de matéria publicada pelo portal em 06/06/2017.

O portal EMPREENDER EM GOIÁS tem como principal objetivo incentivar, apoiar e divulgar os empreendedores goianos com conteúdos, análises, pesquisas, serviços e oportunidades de negócios.

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13 thoughts on “FGR começou com US$ 6 mil e várias crises”

  1. Parabéns FGR, é uma satisfação passar a ser parceiro desta renomada empresa em Brasília. Muito em breve os brasilienses terão a oportunidade de conhcer o jeito Jardins de Viver

  2. Magela disse:

    Sou cliente da FGR e fico emocionado com histórias de vencedores arrojados .

  3. Leonardo disse:

    Os caras são diferenciados!

  4. Ronaldo Oliveira disse:

    Parabéns FGR!
    Temos a certeza de todo o sucesso dos futuras JARDINS aqui em nossa Brasília.

  5. Joaquim Craveiro Curado disse:

    Parabéns FGR, acompanhei o trabalho deste Trio Empreendedor de sucesso quando iniciaram seus negócios como FGR Engenharia, realmente uma trajetória de muito , trabalho visão de futuro e empreendedorismo, que Deus continue o iluminando, sucesso.

  6. É uma honra poder participar como parceira de vendas dessa empresa que se preocupa tanto com seus clientes, parceiros e colaboradores. Essa história não poderia ser diferente! Parabéns Frederico, Guilher e Rodolfo!

  7. Fatima Freitas de Castro disse:

    Que orgulho para Goiás! Parabéns pelo dinamismo, competência e senso de oportunidade .
    Vocês são vencedores.
    Sucesso, sempre!
    Fatima e Reginaldo Castro

  8. Que artigo espetacular! Já visitei o seu blog antes, mas nunca
    tinha deixado um comentário. Coloquei seu site nos favoritos para não perder nenhuma atualização.
    Abraço!

  9. Essa entretanto qualquer outra alternativa dentre negócio no setor de construção que pode achar-se montado sem investimento inicial
    bem adulto.

  10. Cristiano disse:

    Sou corretor de imóvel em goiania, adoro esses artigos que falam de sucesso, onde pessoas comuns conseguiram romper os limetes das objeções do mercado, principalmente nesse meio imobiliário, temos que nos reinventar todos os dias. FGR com certeza uma inspiração pra mim.

  11. Cristiano disse:

    Gosto muito dessas historias reais, de empreendedores que romperam limites e conquistaram o sucesso. FGR uma historia inspiradora.

  12. Cristiano disse:

    Gosto muitos de ler sobre essas historias de sucesso, recarrega os ânimos e renova as esperanças. a FGR com certeza e uma grande empresa.