MFG prevê expandir para 30 mil cabeças de gado em Goiás

Uma das maiores empresas da pecuária no Brasil, a MFG prevê expandir neste ano a sua capacidade de produção em Goiás para 30 mil cabeças de gado. Atualmente, é de 26 mil cabeças em sua propriedade na região de Mineiros, uma das seis que tem no País. As outras ficam em Tangara da Serra (MT), Campo Novo do Parecis (MT), Pereira Barreto (SP), Porto Feliz (SP) e Terenos (MS).

A MFG Agropecuária confinou, em 2019, 78,6 mil bovinos, número que, em 2021, superou os 220 mil, um aumento de 190%. A empresa espera terminar este ano com 270 mil cabeças e já projeta 350 mil para 2023.

Em média, 85% desses animais pertencem a pecuaristas parceiros. O sistema permite aliviar as pastagens, aumentar a taxa de lotação anual das propriedades, incrementar a taxa de desfrute, melhorar o fluxo de caixa, antecipar receitas, produzir mais arrobas por hectare, otimizar a recria, reduzir custo operacional e fugir do efeito “boi sanfona”.

“Propomos ser uma extensão da fazenda dos nossos parceiros, na qual buscamos melhorar a rentabilidade dos pecuaristas, assumindo a terminação de seus animais”, afirma o gerente geral de Compra de Gado da MFG, Vanderlei Finger.

Custos do confinamento

Uma série de fatores inibem os pequenos e médios confinadores a investir na operação. Uma delas é o alto custo dos insumos, além do dólar “nervoso”, do consumo interno limitado, frente à economia brasileira, com perda de poder aquisitivo dos trabalhadores, e às demandas crescentes do mercado internacional.

“Embora seja preciso avaliar caso a caso, predominantemente, os criadores necessitam desovar sua produção e liberar a sequente pressão anual sobre as pastagens no período seco. De 2019 para 2021, nós quase triplicamos o número de animais confinados e esperamos fechar este ano com 270 mil cabeças confinadas”, estima Finger.