sexta-feira, 26 de abril de 2024
Ativos das cooperativas de transporte dobram em Goiás

Ativos das cooperativas de transporte dobram em Goiás

O número de cooperativas de transporte cresceu 45% entre 2010 e 2020 em Goiás, segundo dados do Sistema OCB/GO. Passou de 35 para 51 unidades neste período. Para se ter uma ideia, o total de ativos do setor mais do que dobrou, de R$ 25,6 milhões para R$ 57,1 milhões.

2 de maio de 2022

O escoamento da produção agropecuária ajudou as cooperativas de transporte de cargas a terem recuperação rápida

O número de cooperativas de transporte cresceu 45% entre 2010 e 2020 em Goiás, segundo dados do Sistema OCB/GO. Passou de 35 para 51 unidades neste período. Para se ter uma ideia, o total de ativos do setor mais do que dobrou, de R$ 25,6 milhões para R$ 57,1 milhões.

Entretanto, este ramo do cooperativismo goiano foi um dos mais impactados nos últimos dois anos pela pandemia da Covid-19. A receita bruta das cooperativas de transporte em Goiás sofreu redução de 30% em 2020, primeiro ano da pandemia, para R$ 116 milhões.

Também houve queda significativa no número de cooperados: eram 4,5 mil em 2010 e 3,8 mil em 2020. Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a retomada no segundo semestre do ano passado de praticamente todas as atividades econômicas, como as aulas presenciais na rede ensino pública e privada de Goiás, a expectativa é de recuperação.

O presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, ressalta que as cooperativas que se dedicam ao transporte escolar e de passageiros (táxis) sofreram o maior impacto com a pandemia. Já as cooperativas de transporte de cargas, segundo o dirigente, viveram uma situação diferente em razão da produção agropecuária, evitando impactos diretos nos serviços dessa natureza. “Esse segmento teve uma recuperação rápida e foi fundamental para garantir o abastecimento durante a pandemia”, frisa.

Ganhos e perdas

Francisco Miranda Vieira, presidente da Cooperativa dos Transportadores de Brasília e Entorno (GTBEN), explica que, como o setor agrícola não parou em nenhum momento, o escoamento das safras para portos e armazéns manteve sua normalidade na pandemia. A lucratividade, no entanto, vem se deteriorando nos últimos dois anos, impactada, além do custo das peças, pelo aumento do preço do diesel.

Outro segmento no ramo transportes que se beneficiou da pandemia foi o de delivery.  “Durante a pandemia, não paramos, assumimos o risco, mantivemos as entregas e as pessoas perceberam as vantagens desse serviço”, afirma o diretor administrativo da Cooperativa dos Condutores de Motocicletas do Estado de Goiás (Coopmego), Rubens Dias dos Santos. A cooperativa viu o seu número de cooperados saltar de 260 para quase 390 nos últimos dois anos e os clientes fixos subiram cerca de 28%.

Já o transporte escolar foi o segmento do ramo que mais foi afetado pela pandemia e teve as suas atividades paralisadas totalmente por mais de dois anos.  O presidente da Cooperativa do Transporte Escolar e Turismo do Estado de Goiás (Cooperteg), Adilson Humberto Lellis, afirma que estão recomeçando do zero, praticamente. 

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