Ex-moradora de rua abre seu próprio negócio em Goiânia

Histórias de empreendedorismo se confundem com relatos de coragem, ousadia e inventividade. Idade e classe social pouco importam. Agarrar oportunidades definem bons empreendedores. Rosangela Sousa, 45 anos, enfrentou todas as adversidades de uma vida difícil e, com o dinheiro do auxílio emergencial, pago durante a pandemia de Covid-19, realizou um curso para podologia.

Em 2022, Rosangela abriu o seu primeiro negócio: um salão para atendimentos.

Nascida em Goiânia, ela acostumou-se com as dificuldades. Ainda criança foi moradora de rua, até ser adotada. Com aptidão para estética, a nova empresária atuou no segmento em que resolveu agora empreender. Foi cabelereira e manicure por muito tempo, mas sempre teve o cuidado e bom trato como suas principais características.

“Todo profissional precisa se diferenciar de alguma forma. Técnica, ambiente, cuidado, esses foram os pontos que sempre segui”, afirma.

Apostar alto

Durante a pandemia, a empresária, na época manicure, foi demitida do salão onde trabalhava. Com filhos e o marido autônomo, Rosangela precisou se reinventar. “Nos primeiros meses fiquei desesperada. Mas como nada na nossa vida é fácil, precisei pensar em opções. Resolvi apostar alto. Peguei metade do meu auxílio emergencial (R$ 600,00) e paguei um curso de podologia”, diz.

A aposta se faz valer já na primeira semana. “Por conta do lockdown, comecei um atendimento à domicílio. Logo nos primeiros dias já paguei meu investimento”, conta. Com trato, Rosangela apostou na fidelização, realizando um atendimento pré e pós procedimento, com dicas de cuidado.

Neste ano, a empresária surgiu. Em janeiro, não conseguindo atender mais sua gama de cliente, abriu seu primeiro salão de atendimentos, tomando algumas precauções. “Antes de tudo fiz alguns cursos no Sebrae para gestão. Fez toda a diferença. Quando iniciei a minha empresa sabia exatamente o que tinha de fazer”, cita.

O Rosangela Sousa Podologia hoje atende mais de 50 clientes por semana e, principalmente, carrega a mensagem de que oportunidades. “Precisamos nos agarrar as oportunidades da vida, pode ser nela seu ponto de virada. A minha chegou em meio a uma crise global. É necessário acreditar”, ensina.