quarta-feira, 8 de maio de 2024
Mulheres são responsáveis por 1/3 das empresas goianas

Mulheres são responsáveis por 1/3 das empresas goianas

Nos últimos 40 anos a participação das mulheres no empreendedorismo no Estado cresceu cerca de 10% a cada década, se destacando na faixa etária dos 35 aos 54 anos.

8 de março de 2022

Embora as mulheres representem, hoje, 51% da população goiana, quando se fala em empreendedorismo, elas estão à frente de apenas 34% das unidades de negócio registradas no Estado de Goiás. A informação é um dos dados levantados pelo “Perfil da Empreendedora Goiana”, estudo feito em uma parceria da Faculdade de Administração e Ciências Econômicas da Universidade Federal de Goiás (FACE/UFG) e o Sebrae, que será lançado nesta quarta-feira (9/3), às 19 horas, no Sebrae Goiás.

A coordenadora do estudo e gestora do projeto Sebrae Delas, Vera Lúcia de Oliveira, conta que nos últimos 40 anos a participação das mulheres no empreendedorismo no Estado cresceu cerca de 10% a cada década, se destacando na faixa etária dos 35 aos 54 anos. “A mulher empreendedora em Goiás é mais escolarizada que o homem empreendedor. Mais da metade das empreendedoras possuem ensino superior completo”, afirma.

Mas, apesar do crescimento nos últimos anos e da maior especialização das mulheres, o empreendedorismo feminino ainda enfrenta inúmeros desafios na região. “É curioso notar que 92% das mulheres que participaram do nosso estudo se sentiam capazes de empreender e, ao mesmo tempo, 35% delas apontam dificuldades para iniciar um negócio próprio por barreiras culturais e sociais. Em relação às incertezas do cenário econômico nos próximos anos, 62% das mulheres se sentem atingidas”, explica Vera Lúcia.

As dificuldades para a mulher empreendedora não param por aí. O estudo da UFG e do Sebrae Goiás aponta que, em média, as mulheres dedicam 18 horas a menos aos seus empreendimentos em comparação com os homens devido às sobrecargas domésticas. Os rendimentos também não são equivalentes: em uma mesma função e com trabalho exercido em um mesmo período, os homens goianos ganham cerca de 26% mais que as mulheres.

Os rendimentos, de modo geral, também são menores em função das atividades normalmente exercidas pelas mulheres donas de negócios próprios que, em Goiás, tendem a ter menor valor agregado. Cerca de 93% dos empreendimentos femininos são ligados a serviços domésticos ou cuidados com o corpo, como manicures e centros de estética, enquanto apenas 4% das mulheres goianas empreendedoras montam seus negócios ligados a atividades de alto valor agregado como as da área de engenharia e tecnologia.

O portal EMPREENDER EM GOIÁS tem como principal objetivo incentivar, apoiar e divulgar os empreendedores goianos com conteúdos, análises, pesquisas, serviços e oportunidades de negócios.

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