terça-feira, 23 de abril de 2024
Mão de obra faz construção ter maior alta desde maio

Mão de obra faz construção ter maior alta desde maio

Pressionado pelo valor da mão de obra, o Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil em Goiás teve, em janeiro, a maior elevação desde maio de 2021. O indicador fechou com alta de 2,804% no mês passado, a R$ 2.120,99.

8 de fevereiro de 2022

Pressionado pelo valor da mão de obra, o Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil em Goiás teve, em janeiro, a maior elevação desde maio de 2021. O indicador fechou com alta de 2,804% no mês passado, a R$ 2.120,99. A alta preocupa o setor, pois ainda haverá a data-base, em maio, e reflete uma maior procura por profissionais. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon), Cezar Mortari, a elevação nos salários em janeiro foi da ordem de 5%, em média.

O CUB tem acumulado altas nos últimos dois anos. Em 2020, fechou com elevação de 8,23%, a 1.804. Em 2021, o indicador subiu 14,324%, alcançando R$ 2.063,13. Mas, ao contrário do que ocorreu desde o início da pandemia de Covid-19, agora os preços das commodities estão mais acomodados, com a oferta mais regular, apesar de que aumentos futuros não estão descartados.

Com a mão de obra, o que tem ocorrido é uma demanda maior, somada à escassez de mão de obra qualificada e busca por reposição de perdas inflacionárias. A alta procura por profissionais é geral, segundo Mortari, mas é mais intensa por pedreiros, carpinteiros, montadores e soldadores.
Segundo Mortari, a pressão dos salários ocorre porque o mercado está aquecido, com novos lançamentos e avanço nas construções de empreendimentos já em andamento. “É claro que os empresários querem valorizar seus trabalhadores, para o mercado ser atraente para eles”, diz o presidente do Sinduscon Goiás.

Em relação à falta de mão de obra qualificada, Mortari diz que o setor tem procurado parcerias com instituições como o Sesi, Senai e Universidade Federal de Goiás (UFG), para suprir essa lacuna.

O gasto com profissionais representa cerca de 50% da formação do CUB. Por isso, caso a tendência se mantenha, e com a chegada da data-base em maio, é possível que o valor dos imóveis também suba. “Devagarinho (esse custo) vai para o preço final. O empresário abriu mão de parte da lucratividade durante as altas do ano passado, mas parte acaba indo para o consumidor”, afirma.

Ainda assim, Mortari acredita que o investimento em imóveis ainda é uma boa opção para 2022. “Quanto mais cedo (o consumidor) puder comprar, melhor, pois pode ter um ganho financeiro por causa da valorização”, afirma. “Os imóveis terão uma valorização maior que qualquer outro investimento”, acredita.

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