Goiás fica com 37,6% dos recursos do FCO em 2021

Dos R$ 9,7 bilhões disponibilizados pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) no ano passado, Goiás recebeu R$ 3,655 bilhões, 37,6% do total, para financiar 10,5 mil investimentos no Estado. O Estado de Mato Grosso ficou em segundo lugar com 24%, seguido por Mato Grosso do Sul, 22,9% e Distrito Federal 9,4%.

Segundo a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), o valor total contratado no ano passado apresentou crescimento de 28% em relação a 2020. Dos recursos alocados na Região Centro-Oeste, R$ 7,4 bilhões foram para financiar projetos no setor rural e R$ 2,3 bilhões para o setor empresarial. Os tomadores de menor porte representam 76% das contratações na região, sendo que 33% foram contratadas por novos beneficiários. Em Goiás, essa taxa foi ainda maior: 87% dos recursos foram para financiar pequenos e médios empreendimentos.

Já o FDCO aprovou 12 consultas prévias, sendo que 8 foram empenhadas, o que representa R$ 1,9 bilhão em projetos para a região Centro-Oeste. A participação do FDCO nesses projetos equivale a R$ 930 milhões. O FDCO disponibiliza financiamento para projetos em infraestrutura, serviços públicos e empreendimentos produtivos.

De acordo com a coordenadora geral de Fundos da Sudeco, Luciana Barros, mesmo com esse momento de pandemia que o país vem atravessando, os recursos do FCO e FDCO estão sendo fundamentais para retomada econômica da região Centro-Oeste. “A oferta de empréstimos a longo prazo, com limites financiáveis e taxas de juros mais baixas, foi o grande incentivo que o investidor precisava para recomeçar suas atividades”, disse.

Juros
O Ministério de Desenvolvimento Regional avalia pedido do governo do Mato Grosso do Sul para equalizar a taxa de juros do FCO Rural e Empresarial. Com isso os juros na modalidade FCO Empresarial poderão ser pré-fixados e menores nas novas operações a serem contratadas neste ano. Enquanto o FCO Rural tem taxa pré-fixada que gira em torno de 5% ao ano, o FCO Empresarial é corrigido pelo IPCA, além de uma parte pré-fixada, o que pode representar juros finais de até 15% ao ano, tendo em vista a alta da inflação verificada em 2021.

A alteração na forma de cálculo dos juros do FCO Empresarial ocorreu em 2018, passando a ser pós-fixada (IPCA mais percentual fixo, dependendo do porte do contratante). Isso tem elevado os encargos financeiros devido à alta inflacionária recente e inviabilizando investimentos a longo prazo. Do total de recursos disponíveis para contratação pelo FCO, 50% serão reservados para operações do setor rural e outros 50% para o setor empresarial. Cooperativas de crédito poderão ofertar linhas de financiamento de até 10% do valor total disponível para todos os Estados do Centro-Oeste e o Distrito Federal.

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