sexta-feira, 26 de abril de 2024
Perdas no comércio com feriados devem ser 22% menores este ano

Perdas no comércio com feriados devem ser 22% menores este ano

Com menos feriados nacionais caindo em dias úteis este ano, as perdas do comércio tendem a ser menores do que em 2021.

7 de janeiro de 2022

Com menos feriados nacionais caindo em dias úteis este ano, as perdas do comércio tendem a ser menores do que em 2021. É o que aponta a pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No ano passado, segundo a análise, o comércio varejista sofreu prejuízo de R$ 22,11 bilhões, enquanto em 2022 a previsão é que as perdas sejam 22% menores (R$ 17,25 bilhões).

O presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás, Marcelo Baiocchi, prevê que os prejuízos com os feriados deste ano chegarão a R$ 481,6 milhões, valor 20% menor que os R$ 600 milhões previstos para 2021. O cálculo, explicou, leva em conta que Goiás representa 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, chegando ao valor estimado.

Atualmente, o calendário conta com nove feriados nacionais: Dia da Confraternização Universal (1º de janeiro), Paixão de Cristo (Sexta-feira Santa), Tiradentes (21 de abril), Dia do Trabalhador (1º de maio), Independência do Brasil (7 de setembro), Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro), Dia de Finados (2 de novembro), Proclamação da República (15 de novembro) e Natal (25 de dezembro). Carnaval e Corpus Christi são considerados dias de ponto facultativo.

Em 2021, excetuando-se o Dia do Trabalhador e o Natal (ambos celebrados em sábados, dia de expediente reduzido no varejo), os demais feriados nacionais ocorreram em dias úteis para o comércio, impactando a rentabilidade do setor. Em 2022, as duas datas cairão em domingos e o Dia da Confraternização Universal será em um sábado, reduzindo a sete o número de feriados em dias úteis.

Cada feriado em dia útil gera um prejuízo R$ 2,46 bilhões ao varejo, reduzindo a rentabilidade anual média do setor comercial como um todo em 1,29%. E, considerando todas as atividades econômicas, provoca um impacto de R$ 10,12 bilhões na geração do Produto Interno Bruto (o equivalente a 0,12% do PIB anualizado). Sendo assim, os feriados de 2022 deverão impactar o excedente operacional do comércio em 9,0%.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, lembra que há dois lados da situação. “Apesar de favorecer atividades econômicas específicas, como as turísticas por exemplo, para boa parte dos demais setores da economia a maior incidência de feriados em dias úteis tende a gerar prejuízos, por conta da queda no nível de atividade ou pela elevação dos custos de operação”, afirma.

Os mais afetados
Ainda de acordo com a pesquisa, os ramos de atividade em que a relação entre folha de pagamento e faturamento se mostra mais elevada tendem a sofrer os maiores impactos. A estimativa é que, juntos, os segmentos de hiper e supermercados (R$ 3,33 bilhões); de vestuário e calçados (R$ 2,83 bilhões) e o comércio automotivo (R$ 2,63 bilhões), que concentram 55% das folhas de pagamento do comércio varejista brasileiro, respondam por mais da metade (51%) das perdas.

O economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, destaca a maneira como isso comprime as margens de operação do varejo. “Por mais que as vendas possam ser parcialmente compensadas nos dias imediatamente anteriores ou posteriores, o peso relativamente elevado da folha de pagamento na atividade comercial é a principal fonte dos prejuízos impostos pelos feriados”, informa o economista.

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