sexta-feira, 26 de abril de 2024
Um olhar sobre a economia goiana

Um olhar sobre a economia goiana

No apagar das luzes de 2021, a economia goiana, de maneira geral, apresentou bons resultados. No campo fiscal, manteve a arrecadação de ICMS crescente, devendo fechar o ano com resultado acima do registrado pelo IPCA-15, que ficou em 10,42%.

28 de dezembro de 2021

Júlio Paschoal

No apagar das luzes de 2021, a economia goiana, de maneira geral, apresentou bons resultados. No campo fiscal, manteve a arrecadação de ICMS crescente, devendo fechar o ano com resultado acima do registrado pelo IPCA-15, que ficou em 10,42%.

Para além dessa questão, foi assinado no último dia 24 de dezembro, pelo presidente da República, o Plano de Recuperação fiscal que, entre outras vantagens, está a troca do índice de correção da dívida, passando do IGP que, em média, tem fechado os últimos dois anos na faixa de 25%, para o IPCA que, no ano passado, ficou abaixo de dois dígitos e este ano deve ficar em 10,42%.

A diferença anual permitirá ao Estado realizar novos investimentos em infraestrutura, o que é muito importante para reduzir o custo operacional das empresas, tornando-as ainda mais competitivas nos mercados interno e externo.

No campo privado, os resultados também foram positivos. Segundo o Observatório do Sebrae, 85% das pequenas e médias empresas conseguiram sobreviver à pandemia da COVID-19 e suas mutações. A pesquisa mostrou também que 59% das empresas estão na ativa, 9% suspenderam temporariamente suas atividades comerciais, industriais e/ou de prestação de serviços. Apenas 6% fecharam definitivamente suas portas.

Não obstante a isso, 55% da massa salarial no Estado vem das médias empresas e 61% da força de trabalho teve origem nas micro e pequenas empresas, mostrando a dinâmica e o potencial dessas na economia.
As grandes empresas, por sua vez, representam 39% estando nesse contexto aquelas ligadas ao agronegócio, mineração, construção civil, metal mecânica, farmacêutica, alimentos, bebidas dentre outras e também as que atuam na área da logística.

As grandes empresas aqui presentes contam com os benefícios fiscais do ProGoiás e do Produzir, as permitindo trabalhar nas operações interestaduais com crédito outorgado de 2% sobre o saldo devedor e nas operações internas, com redução na base de cálculo, para 11%.

Os benefícios fiscais em questão lhes permitem produzir e/ou distribuir fora dos mercados consumidores potenciais e ser competitivos nesses mercados.
Diante desse cenário espera-se que apesar dos efeitos nefastos da pandemia sobre a economia goiana, a mesma reagiu e tende a crescer seu produto interno bruto acima da média nacional.

Para o ano de 2022, espera-se resultados ainda melhores, mesmo com o avanço da variante ômicron e da política monetária equivocada, coordenada pelo Banco Central, para combater a inflação, que é de custos e não de demanda, como defende a equipe econômica do governo federal.

Júlio Paschoal é economista e professor da UEG.
julioalfredorosa@gmail.com

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Não será publicado.