sexta-feira, 26 de abril de 2024
Internacionalizar empresa exige preparação e planejamento

Internacionalizar empresa exige preparação e planejamento

Ao ministrar a palestra magna na 8ª do EICE, o especialista Arthur Igreja destacou que o principal desafio, principalmente para os pequenos negócios, é estabelecer a internacionalização como uma estratégia corporativa e não somente como uma saída em momentos de crise. Para ele, o empreendedor brasileiro vive em uma armadilha territorial, devido ao tamanho continental do País e o expressivo mercado consumidor interno. Ressaltou ainda a quantidade de ferramentas que o empresário possui para se preparar para a exportação.

26 de novembro de 2021

8º Encontro Internacional de Comércio Exterior (EICE reuniu 500 participantes e discutiu os desafios da internacionalização

Preparar e planejar é fundamental para a internacionalização das empresas. Essa foi a tônica do 8º Encontro Internacional de Comércio Exterior (EICE), realizado nesta quinta-feira (25/11) no Anfiteatro Municipal Luiz José Costa, em Aparecida de Goiânia, que reuniu quase 500 participantes, que discutiram os desafios da internacionalização. O evento, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Prefeitura de Aparecida de Goiânia e Sebrae, teve também encontro de negócios, seminário de atração de investimentos em ambiente on-line, painéis temáticos sobre competitividade na exportação, logística, infraestrutura, oportunidades e desafios para as micro e pequenas empresas.

“O potencial das indústrias e empresas goianas é riquíssimo e o mundo está aberto para aqueles que estiverem preparados, aqueles que souberem enxergar as oportunidades”, afirmou o presidente da Fieg, Sandro Mabel, ao dar boas-vindas virtualmente aos participantes. Anfitrião do evento, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, ressaltaou a vocação empreendedora da cidade e o trabalho promovido pela gestão municipal para semear a cultura exportadora entre empresários do município.

Liderando a organização da oitava edição do EICE, o vice-presidente da Fieg e presidente do Conselho Temático de Comércio Exterior (CTComex), Emílio Bittar, destacou a importância de fomentar a exportação de produtos industrializados made in Goiás e o paradoxo da pandemia, que isolou fisicamente países, mas aproximou comercialmente o setor produtivo de todo o mundo. “Mais que ser um exportador de commodities, queremos levar para outros países os produtos que industrializamos aqui. Com o momento que estamos vivendo, percebemos que não existe mais distância e nem barreiras entre países que desejam comercializar seus produtos”.

Emílio Bittar: “Mais que ser um exportador de commodities, queremos levar para outros países os produtos que industrializamos aqui”

Ao ministrar a palestra magna na 8ª do EICE, o especialista Arthur Igreja destacou que  o principal desafio, principalmente para os pequenos negócios, é estabelecer a internacionalização como uma estratégia corporativa e não somente como uma saída em momentos de crise. Para ele, o empreendedor brasileiro vive em uma armadilha territorial, devido ao tamanho continental do País e o expressivo mercado consumidor interno. Ressaltou ainda a quantidade de ferramentas que o empresário possui para se preparar para a exportação.

Nicola Minervini, especialista em internacionalização e autor de vários livros na área de comércio exterior, destacou o efeito do Custo Brasil na competitividade dos produtos brasileiros e advertiu os empresários sobre a importância de reduzir ao máximo o custo empresa como forma de minimizar esse impacto. “A exportação é uma estratégia para as empresas que querem crescer e não um antídoto para a crise. Para entrar no mercado internacional, é preciso disciplina, método, sem improvisações. Garantir a competitividade do produto é o primeiro passo”, disse.

Para o analista de Competitividade do Sebrae Nacional, Gustavo Reis Melo, antes de se lançar no mercado internacional, é preciso se capacitar, estudar o mercado consumidor e desenvolver a capacidade exportadora do negócio. Lembrou ainda a multiplicidade de feiras e rodadas de negócios digitais que surgiram com a pandemia, reduzindo custos para os empresários que querem iniciar essa jornada, e o programa Indústria Global – parceria entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sebrae que promove uma série de atividades para fomento da cultura exportadora.

O EICE contou ainda com a participação de Paulo de Castro Reis, diretor de Relações Institucionais e de Negócios da Câmara de Comércio Brasil-Canadá, e de Richard Sanchez, especialista em marketing e em vendas para o atacado, que falaram sobre as oportunidades de negócios e parcerias com o Canadá e como preparar, formatar e posicionar o produto brasileiro para o mercado norte-americano, respectivamente.

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