sexta-feira, 26 de abril de 2024
Produção e venda de veículos caem em julho, diz Anfavea

Produção e venda de veículos caem em julho, diz Anfavea

A produção de veículos registrou queda de 4,2% em julho na comparação com o mesmo mês de 2020 e de 2% em relação a junho deste ano. Segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (6) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram fabricadas 163,6 mil em no mês passado (a pior para o mês desde […]

6 de agosto de 2021

Produção de veículos registrou queda de 4,2% em julho deste ano

A produção de veículos registrou queda de 4,2% em julho na comparação com o mesmo mês de 2020 e de 2% em relação a junho deste ano. Segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (6) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram fabricadas 163,6 mil em no mês passado (a pior para o mês desde 2003), enquanto no mesmo mês de 2020 a produção ficou em 170,7 mil veículos.

O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, atribuiu a queda na produção, que já vinha acontecendo em junho, à interrupção das linhas de montagem em várias fábricas pela falta de componentes, especialmente os semicondutores, item que integra centenas de equipamentos eletrônicos dos veículos. Esse tipo de material enfrenta uma crise mundial de demanda a partir da queda de fabricação ocasionada pela pandemia da Covid-19.

As dificuldades no ritmo de produção obviamente têm seus reflexos tanto nas vendas internas quanto nas exportações. O mês de julho teve 8 mil licenciamentos diários, pior média em 12 meses. O total de 175,5 mil unidades licenciadas representou queda de 3,8% em relação a junho. O recuo foi ainda mais dramático nas exportações, com 23,8 mil veículos enviados a outros países, volume 29,1% inferior ao do mês anterior.

“Há demanda interna e externa por um volume maior de veículos, mas infelizmente a falta de semicondutores e outros insumos tem impedido a indústria de produzir tudo o que vem sendo demandado, apesar dos esforços logísticos empenhados pelas empresas”, frisou Luiz Carlos Moraes. “Os estoques de 85 mil unidades nas fábricas e nas concessionárias são os menores das últimas duas décadas, o que comprova a gravidade da situação”, complementou o dirigente, lembrando que não há previsão de normalização no fornecimento de semicondutores até meados de 2022.

A situação é especialmente delicada para os fabricantes de automóveis, em função dos maiores volumes de produção necessários para abastecer o mercado. O segmento de caminhões, em contrapartida, vem sofrendo de forma mais amena esses impactos negativos, embora também tenha seus percalços e poderia ter desempenho ainda melhor. Em julho a produção foi de 14,8 mil unidades, alta de 1,1% sobre junho. Já os licenciamentos totais de 12 mil caminhões foram 5,3% superiores aos do mês anterior.

Durante a coletiva de imprensa, a Anfavea apresentou dados que mostram que mesmo com a baixa oferta para tanta demanda, os preços dos automóveis e comerciais leves cresceram em média 8,3% nos últimos 12 meses, segundo acompanhamento da KBB, multinacional especializada em preços de carros.

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