Caramuru pede registro de companhia aberta à CVM

A goiana do setor de alimentos Caramuru, com sede em Itumbiara, pediu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) registro inicial de companhia aberta. O pedido é para categoria “A”, que permite a emissão de qualquer valor mobiliário. Até o momento a empresa não encaminhou uma oferta pública de papéis para análise técnica. Segundo reportagem do Valor Econômico, a Caramuru contratou os bancos XP, Itaú BBA, Bradesco BBI e UBS-BB como coordenadores de um IPO.

Um dos maiores processadores de soja do Brasil, o Grupo Caramuru Alimentos S/A experimentou expressivo aumento no faturamento em 2020, segundo balanço divulgado pela empresa goiana. As vendas totais somaram R$ 6,451 bilhões, aumento de 48,6% comparadas com as de 2019 (R$ 4,339 bilhões). Foi o terceiro ano consecutivo de forte crescimento no faturamento da empresa.

Mas o Grupo Caramuru também pagou bem mais pelos insumos adquiridos de terceiros: R$ 5,424 bilhões em 2020, aumento de 39,8% em relação ao ano anterior. Com isso, o lucro foi de R$ 221,8 milhões, redução de 7,6% em relação ao de 2019 (R$ 240 milhões).

A empresa, dona da marca Sinhá, tem como principais atividades o esmagamento de soja, milho, girassol e canola para extração de óleo bruto, biodiesel refinado e outros derivados; a industrialização de milho “in natura” e derivados de milho (farinha, fubá, canjica, óleo, “pellets”, etc.); a exportação de soja e milho em grãos e seus derivados; a comercialização de produtos importados, tais como milho de pipoca e azeite de oliva, entre outros; a prestação de serviços de operação portuária, transporte e armazenagem de grãos e operação de transporte multimodal; e produção, comercialização e transmissão de energia por conta própria ou de terceiros.