sexta-feira, 26 de abril de 2024
Abcon prevê R$ 24 bilhões em saneamento para Goiás

Abcon prevê R$ 24 bilhões em saneamento para Goiás

A Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon) prevê investimentos de R$ 24 bilhões em saneamento básico nos próximos anos em Goiás. O impacto na economia pode chegar a quase R$ 40 bilhões, desenvolvendo regiões, incentivando a produção de insumos e promovendo a cadeia industrial, de comércio e serviços […]

28 de maio de 2021

A Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon) prevê investimentos de R$ 24 bilhões em saneamento básico nos próximos anos em Goiás. O impacto na economia pode chegar a quase R$ 40 bilhões, desenvolvendo regiões, incentivando a produção de insumos e promovendo a cadeia industrial, de comércio e serviços dos municípios. “Só na construção civil, o impacto será de R$ 18 bilhões. O efeito dos investimentos é multiplicador, trazendo enormes benefícios econômicos e sociais”, frisou a economista e superintendente técnica da Abcon, Ilana Ferreira, durante o webinar Impactos Econômicos da Universalização do Saneamento Básico em Goiás, promovido nesta quinta-feira (27) pelo Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg).


De acordo com Ilana Ferreira, Goiás precisa atingir volume de investimentos na casa de R$ 1,6 bilhão ao ano para universalização dos serviços de abastecimento de água até 2033. Em contrapartida, em 2019, os investimentos no setor chegaram apenas aos R$ 402 milhões. “Hoje, temos um índice elevado de população atendida por abastecimento de água em Goiás, mas no âmbito de esgotamento sanitário a situação é preocupante. O Estado tem apresentado média inferior à nacional quanto aos investimentos para universalização do serviço”, disse a economista ao explicar a importância do Estado em estabelecer parcerias com a iniciativa privada para avanço dos investimentos no setor.


A opinião foi compartilhada pelo economista Cláudio Frischtak, que acompanhou o webinar. Para ele, a legislação do Novo Marco do Saneamento é a mais importante do setor desde a década de 70 e tem poder transformador para o País e Estados. “É um choque de investimento, que dinamiza a economia em curto e médio prazo e, no longo prazo, proporciona bem-estar para as famílias goianas que não têm acesso ao serviço”, disse. Frischtak, que é fundador da consultoria internacional de negócios Inter.B e foi um dos responsáveis pela área de indústria e energia do Banco Mundial durante sete anos.


O diretor executivo da Abcon, Percy Soares Neto, destacou a importância da Fieg liderar esse diálogo com o Estado e municípios. “O engajamento da Fieg é fundamental, inclusive alertando o Estado sobre os prazos para consolidação do Marco Legal em Goiás. Essa interlocução vai criar condições para que os investimentos aconteçam, sobretudo para a busca da parceria com a iniciativa privada, considerando a capacidade limitada do Estado para realizar os investimentos necessários”, reforçou.


O presidente da Fieg, Sandro Mabel, reafirmou a disposição da entidade em mobilizar o setor industrial em torno do debate. “Queremos fazer acontecer e entendemos a importância de tais investimentos para o desenvolvimento econômico e social de Goiás. A Fieg está 100% engajada”, afirmou. Sandro Mabel destacou ainda o protagonismo na economia goiana da construção civil, setor fundamental para concretização dos investimentos esperados com o Marco Legal do Saneamento. “A construção civil é responsável por 25% do PIB industrial de Goiás e gera milhares de postos de trabalho em todo o Estado”.

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