sexta-feira, 26 de abril de 2024
Movimento ganha a adesão dos 246 municípios goianos

Movimento ganha a adesão dos 246 municípios goianos

Um grande feito: em menos de três semanas de mobilização em Goiás, todas as 246 prefeituras goianas aderiram ao movimento Unidos pela Vacina, que tem o objetivo de ajudar os Estados e municípios brasileiros na imunização de toda a população brasileira e goiana contra a Covid-19 até setembro deste ano. Convém lembrar que, até o […]

24 de março de 2021

Fernando Maia: “O movimento visa colaborar no que for necessário para maior eficácia da vacinação”

Um grande feito: em menos de três semanas de mobilização em Goiás, todas as 246 prefeituras goianas aderiram ao movimento Unidos pela Vacina, que tem o objetivo de ajudar os Estados e municípios brasileiros na imunização de toda a população brasileira e goiana contra a Covid-19 até setembro deste ano. Convém lembrar que, até o momento, apenas 6% da população foi vacinada no País (e considerando a primeira dose).

O balanço do movimento em Goiás foi avaliado ontem em reunião remota entre lideranças empresariais, líderes classistas, secretários de saúde municipais e do Estado, e a primeira-dama do Estado e presidente da OVG, Gracinha Caiado. Também avaliaram os próximos passos. O movimento apartidário e espontâneo da sociedade civil, em parceria com os poderes públicos, começou com o grupo Mulheres do Brasil, liderado nacionalmente pela empresária Luiza Helena Trajano. Em Goiás, o movimento é liderado pelos empresários Helena Ribeiro e Fernando Maia.


O movimento tem três pilares, segundo o empresário Fernando Maia. O primeiro foi a realização da pesquisa em todos os municípios em Goiás. Esse levantamento é importante para saber quais são os maiores gargalos que as prefeituras enfrentam para ampliar a vacinação, pois há a possibilidade de que a eficiência na imunização possa ser perdida por algo simples.

O levantamento realizado nas 246 cidades aponta alguns desafios para isto: somente 44% dos municípios goianos estão preparados para vacinação nos finais de semana e apenas 3% estão aptos a atenderem pessoas (geralmente idosas ou com dificuldade de locomoção) nos seus domicílios. Mais: 24% dos municípios goianos não têm estrutura para vacinação por drive-thru; 40% não têm freezer para condicionar a vacina da Pfizer; 30% sequer têm geladeiras apropriadas para acomodar as vacinas; em 28% faltam caixas térmicas e termômetros; e em 22% faltam salas adequadas para vacinação.


Ajuda aos municípios

Como o movimento pode ajudar os municípios? O empresário Fernando Maia explica que, primeiro, com a disseminação correta de informações, pois ainda há uma parcela de 20% da população que resiste à vacinação por medo ou desinformação. Por isso, comemora a adesão das prefeituras. “O movimento visa colaborar no que for necessário para maior eficácia da vacinação”, frisa Maia. “As grandes empresas podem ajudar na compra de vacinas para os governos federal e estadual, que têm a permissão para fazer a aquisição nesse momento. Estamos trabalhando com um grupo de advogados de vários escritórios do Brasil para ajudar a desimpedir a compra, atuando junto à Fiocruz, ao Butantã e demais fabricantes”, explica a empresária Helena Ribeiro.


Outra frente será encarregada da logística. O movimento já tem a participação de companhias aéreas como a Gol e a Azul, para ajudar a transportar as vacinas em todo o Brasil. Também terá a participação de empresas de transportes terrestres, que vão disponibilizar caminhões com baús refrigerados para levar as vacinas dos aeroportos até os municípios. Algumas empresas goianas já colocaram veículos refrigerados à disposição para este trabalho.

Um terceiro grupo vai atuar nos municípios com maiores problemas de infraestrutura para a vacinação, oferecendo equipamentos (geladeiras, freezers, mobiliário, etc) e até mesmo recursos humanos. Todas essas ações seguem a governança da liderança nacional do movimento, que ainda conta com parceiros que realizam os trabalhos de compliance e de auditoria. Não haverá repasses financeiros para o Estado e prefeituras.


A empresária Helenir Queiroz ressaltou que foi muito importante mapear as maiores necessidades dos municípios goianos e ressaltou a importância da fase atual do movimento, que busca empresas para “apadrinhar” as cidades que mais demandam ajuda. Segundo a empresária, 20 municípios já foram apadrinhados no Estado. “Essas empresas vão suprir as necessidades básicas que precisam de velocidade e que a secretaria de Estado não teria condições de fazer com a mesma agilidade. Já temos, por exemplo, empresas com caminhões refrigerados que serão colocados à disposição da Secretaria de Saúde do Estado para algumas rotas. Temos também algumas empresas que adotaram o município inteiro, em toda a sua necessidade”, ressalta.

A primeira-dama do Estado, Gracinha Caiado, parabenizou todos os envolvidos no movimento pela iniciativa de ajudar o País e o Estado nesse momento tão difícil. “É no município que as pessoas precisam ser atendidas. Não tenho a menor dúvida que, com esse trabalho, vamos conseguir vacinar o mais rápido possível os 7,2 milhões de goianos que estão ansiosos para cuidar da saúde. Sabemos que essa cepa P1 é a que está com a maior proporção em Goiás”, disse.


O secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, ressaltou que a maneira mais eficaz de sair da pandemia é a vacinação. “Sabemos que essa é uma demanda mundial e é com a união de esforços da iniciativa privada e da administração pública, assim como a filantropia, que vamos conseguir isso. Estamos à disposição do movimento para catalisar esse iniciativa e facilitar tudo o que for possível e necessário fazer para ampliar o acesso à vacina,” afirmou.

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