sábado, 27 de abril de 2024
Indústria ainda amarga nove meses negativos de produção

Indústria ainda amarga nove meses negativos de produção

A indústria brasileira demonstra recuperação da forte retração com a pandemia da Covid-19: em julho, a produção média apresentou alta de 8% em relação ao mês anterior, sendo o terceiro mês seguido de alta. Entretanto, ainda aquém para recuperar as perdas deste ano (-27% entre março e abril) e, principalmente, para apresentar crescimento aos níveis […]

3 de setembro de 2020

Montadoras de veículos apresentaram maior crescimento em julho, mas continuam com produção muito abaixo da de 2019

A indústria brasileira demonstra recuperação da forte retração com a pandemia da Covid-19: em julho, a produção média apresentou alta de 8% em relação ao mês anterior, sendo o terceiro mês seguido de alta. Entretanto, ainda aquém para recuperar as perdas deste ano (-27% entre março e abril) e, principalmente, para apresentar crescimento aos níveis de produção do ano passado. Em relação a julho de 2019, a indústria recuou 3%, nono resultado negativo seguido nessa comparação. Com isso, o setor acumula perda de 9,6% no ano. Em doze meses, a redução foi de 5,7%. A Pesquisa Industrial Mensal foi divulgada hoje (03/09) pelo IBGE.

O avanço de 8% da atividade industrial, de junho para julho de 2020, alcançou todas as grandes categorias econômicas. Além disso, houve altas em 25 dos 26 ramos pesquisados. Entre as atividades, a influência positiva mais relevante foi no setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 43,9%, impulsionada, em grande medida, pela continuidade do retorno à produção após a interrupção em função da pandemia. O setor acumulou expansão de 761,3% em três meses consecutivos de crescimento na produção, mas ainda assim se encontra 32,9% abaixo do patamar de fevereiro deste ano.

Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de metalurgia (18,7%), de indústrias extrativas (6,7%), de máquinas e equipamentos (14,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,8%), de outros produtos químicos (6,7%), de produtos alimentícios (2,2%), de produtos de metal (12,4%), de produtos de minerais não-metálicos (10,4%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (29,7%), de produtos de borracha e de material plástico (9,8%), de produtos têxteis (26,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (13,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,0%) e de bebidas (4,6%). O ramo de impressão e reprodução de gravações sofreu queda de 40,6%, o único resultado negativo em julho.

A média móvel trimestral para o total da indústria avançou 8,8% no trimestre encerrado em julho de 2020 frente ao nível do mês anterior, interrompendo a trajetória de quedas iniciada em novembro de 2019. A expansão observada nesse mês foi a mais acentuada desde o início da série histórica.

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