sexta-feira, 26 de abril de 2024
Desempregado, e agora?

Desempregado, e agora?

Um recente estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima que a taxa de desemprego no Brasil chegue a 18,7% até o fim deste ano. Diante de um cenário problemático como esse que se espera com os efeitos pós-pandemia, ter um planejamento estratégico para a carreira se faz ainda mais necessário, para quem está ou não […]

30 de julho de 2020

Um recente estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima que a taxa de desemprego no Brasil chegue a 18,7% até o fim deste ano. Diante de um cenário problemático como esse que se espera com os efeitos pós-pandemia, ter um planejamento estratégico para a carreira se faz ainda mais necessário, para quem está ou não empregado.

As alternativas para quem se vê na situação de desemprego neste momento dependerá bastante da fase profissional que a pessoa vive. Se você é alguém jovem, de 20 a 25 anos, as perspectiva em geral é de fazer carreira, de chegar à diretoria. Mas essa pessoa precisa saber que haverá muito mais concorrência no mercado de trabalho, por isso se capacitar será fundamental.

Dados do IBGE, referente ao primeiro trimestre deste ano, demonstram que a desocupação é forte entre os jovens de 18 a 25 anos, e ainda mais forte entre os que têm uma formação deficitária. Os que têm o ensino médio incompleto representam 20,4% dos desempregados nesta faixa etária, já entre quem completou o nível superior a taxa foi 14%, mais que o dobro da verificada entre os que têm um curso superior completo (6,3%). Portanto, capacitar-se sempre e está preparado para uma forte concorrência deverá ser o mantra de quem ainda aspira cargos e projetos profissionais mais altos. Mas quem é jovem tem vigor e disposição para isso.

Já para os profissionais mais realizados e experimentados no mercado, o empreendedorismo e o trabalho de forma autônoma podem ser as alternativas. Conseguir um bom cargo não é a prioridade para quem tem mais de 45 ou 50 anos, até porque um profissional destes, mesmo que o investimento nele seja merecido, vai parecer sempre caro para empresas, especialmente diante da atual conjuntura econômica. Mas a experiência profissional acumulada ao longo de décadas, especialmente para quem passou por cargos de gestão, é um trunfo para quem souber arriscar e empreender. Capacidade de gerenciamento é uma habilidade que cabe bem em qualquer negócio. Já por meio de uma consultoria, a experiência técnica acumulada em anos, que antes era prestada a uma única empresa, pode ser compartilhada com várias outras, e seus ganhos mais interessantes.

O empreendedorismo pode ser também uma saída para profissionais com mais de 40 anos e que ainda ocupam funções operacionais. O trabalho autônomo será certamente o caminho de muitos com este perfil que estão ou que ficarão desempregados. Apesar de não terem uma formação acadêmica, eles têm a seu favor um conhecimento técnico consolidado que pode virar um negócio. Um operário da construção civil, por exemplo, pode não ter uma grande construtora para trabalhar, mas tem um mercado enorme de pequenos serviços que podem ser explorado.

Aliás, esta crise ocasionada pela pandemia já tem fomentado a organização destes pequenos empreendedores e prestadores de serviço. São vários grupos criados nas redes sociais que unem esses pequenos negócios e profissionais autônomos ao seu público. Ou seja, a capacidade de se reinventar e saber trabalhar com as atuais ferramentas digitais será fundamental para este perfil de profissional conseguir enfrentar a crise.

Portanto, entender bem a fase de vida e profissional em que você está, ter mestas bem claras e críveis de ser realizadas, saber a que mercado pertence suas habilidades são as definições que precisa fazer para escolher o melhor caminho profissional possível neste novo mundo pós-pandemia. Afinal, a crise é grave sim, mas nunca se subestime.

Empresário, Consultor de Gestão e Especialista em Governança Corporativa.

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