quinta-feira, 18 de abril de 2024
Fim de festa: metade das empresas deve fechar as portas

Fim de festa: metade das empresas deve fechar as portas

O segmento de festas e eventos foi o primeiro a paralisar suas atividades em Goiás, no dia 16 de março, por causa da pandemia do novo coronavírus, e deve ser também o último a retomar. Essa situação já está provocando falência de muitos negócios. A estimativa é que, das mais de 2 mil empresas legalizadas […]

26 de maio de 2020

José Orlando: “Nossa empresa se reestruturou para trabalhar com a produção e entrega de comidas mais elaboradas”

O segmento de festas e eventos foi o primeiro a paralisar suas atividades em Goiás, no dia 16 de março, por causa da pandemia do novo coronavírus, e deve ser também o último a retomar. Essa situação já está provocando falência de muitos negócios. A estimativa é que, das mais de 2 mil empresas legalizadas existentes em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Trindade, mais da metade fechará as portas. Há mais de 70 dias não promovem mais festas, eventos corporativos ou feiras, não gerando, portanto, nenhum faturamento. Cerca de 50 mil trabalhadores do ramo estão de braços cruzados e sem perspectivas de nova colocação no mercado de trabalho.

No ano passado, o setor movimentou mais de R$ 886 milhões e contribuiu com cerca de R$ 150 milhões de arrecadação de ICMS. Mas agora, com a pandemia, vive o caos como define o cerimonialista e celebrante de casamentos Ricardo Souza, da Plenno Eventos. Cerimonialistas, decoradores, sonorizadores, profissionais de iluminação, de segurança e de, recepção não puderam mais trabalhar em função do fechamento dos salões de eventos desde março. Alguns buffets estão se reinventando, fazendo salgados, doces, quitandas e comidas mais elaboradas para atender clientes através do delivery. Porém, mesmo nestes casos, o faturamento despencou.

Os profissionais do ramo criaram uma Comissão Protocolar de Retorno dos Eventos Sociais e Corporativos, com o apoio do vereador Edmilson Pereira. Estão elaborando as normas de procedimento de segurança sanitária a serem adotadas quando voltarem a trabalhar. Nos próximos dias, a Comissão pretende se reunir com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, para mostrar a situação do segmento e buscar uma saída para a crise. Ricardo Souza, um dos integrantes da Comissão, disse que a maioria dos eventos e festas programados para até junho não foi cancelada, apenas adiada. Porém, persiste a dúvida para a maioria dos profissionais e até para os clientes: quando voltarão a acontecer e qual o modelo de negócio poderá continuar funcionando.

Para sobreviver ao momento, 54% das empresas tomaram algumas medidas em relação aos funcionários, terceirizados e aos fornecedores. Porém, a maioria demitiu seus contratados ou adotou a medida de afastamento, autorizada pelo governo federal, conforme levantamento realizado pelo Sebrae em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc) e a União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe).

O empresário José Orlando Ribeiro, da Maison Florency e Monorail Festas Infantis, conta que, para se adequar à realidade do mercado, reduziu custos, suspendeu temporariamente os contratos da maioria dos trabalhadores e se reestruturou para trabalhar com a produção e entrega de comidas mais elaboradas, através do delivery, diariamente, e na fabricação de doces e salgadinhos sob encomendas. “Mesmo antes da pandemia, nossa empresa já trabalhava também com festas de menor porte, nas casas ou empresas dos clientes. Agora estamos incrementando este negócio”, acrescenta.

Ricardo Souza: “Vamos nos reunir com o prefeito Iris Rezende para mostrarmos a situação e buscarmos saída para a crise”

Nos últimos 70 dias, o decorador Ricardo Mello, da empresa do mesmo nome, realizou apenas um evento, neste último fim de semana, para quatro pessoas. Foi a revelação do sexo do bebê que vai nascer. “Me dediquei totalmente ao evento, como se ele fosse para 500 pessoas. Acho que, após a pandemia, as coisas terão mudado e todos terão de se reinventar”, acredita. Contudo dia Mello, nos últimos dias algumas pessoas já o procuraram para fechar contratos para eventos a serem realizados no fim do ano e até para 2021, abrindo uma luz no fim do túnel.

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One thought on “Fim de festa: metade das empresas deve fechar as portas”

  1. Fabiana Nogueira disse:

    Tudo vai passar…e a vida voltará ao normal…com grandes sequelas no meio …alguns reversíveis outros infelizmente talvez não…resta somente acreditar que Deus proverá uma saída para esse momento e dará uma vitória a cura desta pandemia e tudo voltar ao normal! Estamos de joelhos e aguardando a vitória dos céus!!!