sábado, 27 de abril de 2024
Vendas de imóveis caem 50% em 40 dias no Estado

Vendas de imóveis caem 50% em 40 dias no Estado

Na volta às suas atividades, sob o efeito dos impactos do coronavírus, as empresas goianas da construção civil estão refazendo para baixo suas previsões de crescimento para este ano, postergando lançamentos de novos projetos para o segundo semestre e adotando medidas de preservação de saúde dos trabalhadores na luta contra o avanço do Covid-19. Em […]

28 de abril de 2020

Na volta às suas atividades, sob o efeito dos impactos do coronavírus, as empresas goianas da construção civil estão refazendo para baixo suas previsões de crescimento para este ano, postergando lançamentos de novos projetos para o segundo semestre e adotando medidas de preservação de saúde dos trabalhadores na luta contra o avanço do Covid-19. Em fevereiro último, a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) chegou a estimar um avanço de 15% para o setor este ano. Agora, prevê, o crescimento ficará em 5% no Estado. Também não são nada animadores os números do Sindicato da Habitação (Secovi-GO), que registrou queda de 50% nas vendas de imóveis nos últimos 40 dias, mesmo com as imobiliárias trabalhando com atendimento on-line.

Contudo, desde o último dia 19 de abril, com a liberação do setor para retomar as atividades, conforme decreto do governador Ronaldo Caiado, a ordem nos canteiros de obras é acelerar os trabalhos para recuperar o prejuízo da paralisação e evitar atrasos nas entregas dos imóveis aos futuros moradores, bem como à sociedade em geral que usufruirá dos benefícios das obras de infraestrutura. Embora o esforço seja grande, as empresas já apuram danos financeiros por causa de queda nas vendas, embora não tenham sido registradas demissões de trabalhadores da área.

Ao fazer uma radiografia dos estragos causados pela paralisação dos negócios, o presidente da Ademi-GO, Roberto Elias avalia que os danos serão inevitáveis para toda a economia brasileira, porém, em escala menor para a construção civil graças ao pacote de proteção ao setor lançado pela Caixa Econômica Federal que está injetando R$ 46 bilhões, além de ter prorrogado por seis meses os pagamentos das parcelas dos mutuários e dos empréstimos das empresas. Além disso, os juros e a inflação estão em queda e os rendimentos do mercado financeiro em baixa. Com isto, os empresários acreditam que os investidores voltarão para o mercado imobiliário, que garante rendimento nas locações de até 6% ao ano. “Acredito que, em 60 dias, o setor voltará à normalidade. Estou otimista”, afirma.

As construtoras também aguardam com ansiedade a retomada das atividades, de forma presencial, das imobiliárias para que as vendas de imóveis também ganhem mais velocidade. O presidente do Secovi-GO, Ioav Blanche, disse que a solicitação já foi encaminhada ao também governador Ronaldo Caiado, sob a alegação de que estas empresas fazem atendimentos individualizados, e portanto, não geram aglomerações de pessoas.

O diretor-presidente da Opus Construtora, Dener Justino, trabalha de forma mais conservadora, porém, acredita que, até o fim do ano, o mercado imobiliário estará todo ajustado. “Vamos manter, para agora, o lançamento de um empreendimento diferenciado, de um edifício com um apartamento por andar. Mas, vamos deixar para o segundo semestre outro projeto que estava em andamento”, revela. Ele disse que, mesmo com as portas fechadas, nos últimos dias, as vendas on-line continuaram, embora em ritmo menos acelerado e que muitas pessoas que ficaram confinadas, pelo isolamento social, passaram a valorizar seu espaço de moradia e que buscarão, agora, um imóvel mais diferenciado.

O diretor de Desenvolvimento Imobiliário do Grupo Toctao, Rafael Roriz, também aposta na recuperação da economia brasileira, em curto prazo. Ele cita que nas dez obras da empresa em andamento na Grande Goiânia os trabalhos voltaram de forma acelerada e que estão confirmados todos os lançamentos programados para este ano, como um grande loteamento de condomínio fechado.

O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção (Sinduscon-GO), Eduardo Bilemjian, acredita que a retomada do setor da construção, bem como da economia como um todo, passa pelo fim da Covid-19, o que é difícil de se prever. Ele confirma a retomada das obras pela indústria da construção e lembra que o setor preservou os empregos e estão confirmados os investimentos previstos para este ano.

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