Varejo goiano estava em crescimento antes do coronavírus

Ainda sem os impactos do coronavírus, as vendas do comércio varejista subiram 2,3% em fevereiro ante janeiro em Goiás. O Estado registrou o quarto maior avanço do País, ficando acima da variação do Brasil, de 1,2%, e atrás apenas de Tocantins (15,1%), Amazonas (3,5%) e Minas Gerais (2,7%). De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é também o maior aumento registrado desde novembro de 2018, que foi de 4,2%.

Quando comparados fevereiro de 2020 e fevereiro 2019, observa-se um crescimento de 4,9% no volume de vendas do comércio varejista goiano, sendo o maior aumento desde fevereiro de 2019 (7,7%). Conforme o IBGE, os efeitos da pandemia aparecerão nos dados de março, mas são “imprevisíveis”. As medidas de restrição no funcionamento do comércio começaram nos Estados apenas na segunda metade de março. Além disso, atingiram as diferentes atividades do varejo de maneira distinta. Os setores de supermercados e farmacêutico, com grande peso no desempenho das vendas como um todo, seguiram abertos.

Já o comércio varejista ampliado goiano (que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção) registrou queda de -0,5% em fevereiro de 2020, quando comparado com janeiro do mesmo ano, na série com ajustes sazonais. Já quando comparado com fevereiro de 2019, o volume de vendas do comércio varejista goiano ampliado subiu 2%, sendo o sexto aumento nessa base de comparação. As vendas do varejo goiano tiveram leve retração (-0,2%) quando considerado o acumulado em 12 meses. Já em nível nacional, o acumulado foi de 1,9% na mesma base de comparação.

O aumento do volume de vendas com varejo ampliado goiano de 2% em fevereiro de 2020 ,frente a fevereiro de 2019, pode ser explicado pelo fato de que sete das dez atividades pesquisadas tiveram aumento nessa base de comparação. Os setores que apresentaram as variações positivas foram: Móveis e eletrodomésticos (15,4%), sexta alta consecutiva, com aumento de 31,5% para móveis; Equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação (15,3%), acumulando em 12 meses uma variação de 7,7%; e Outros artigos de uso pessoal e doméstico que apresentou um aumento de 14,4%, 22º aumento consecutivo. O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo subiu 3,3% em fevereiro, a primeira alta após quatro quedas consecutivas.

No País, o volume de vendas do comércio varejista subiu 1,2% em fevereiro ante janeiro. Na comparação com janeiro de 2019, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 4,7% em fevereiro de 2020. Nesse confronto, também superaram a mediana, que indicava crescimento de 2,1%, com intervalo de estabilidade (0,0%) a alta de 7,5%. As vendas do varejo restrito acumulam crescimento de 3,0% no ano de 2020. A taxa em 12 meses ficou positiva em 1,9%. No varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 0,7% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio acima da mediana das estimativas, positiva em 0,30%, dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, e dentro do intervalo das previsões, de um recuo de 1,10% a alta de 1,30%. (com agências)