sexta-feira, 26 de abril de 2024
Mitsubishi para de fabricar o Lancer em Catalão

Mitsubishi para de fabricar o Lancer em Catalão

Ao anunciar oficialmente o fim da fabricação do sedã Lancer na unidade de Catalão, no Sudeste de Goiás, a Mitsubishi também informou que está em negociação com a diretoria da montadora no Japão para trazer novidades ao mercado brasileiro. Mas não revelou quais os modelos podem desembarcar no Brasil. Com a saída de cena do […]

16 de janeiro de 2020

Mitsubishi continua produzindo a picape L200 Triton em Catalão, que receberá facelift no segundo semestre

Ao anunciar oficialmente o fim da fabricação do sedã Lancer na unidade de Catalão, no Sudeste de Goiás, a Mitsubishi também informou que está em negociação com a diretoria da montadora no Japão para trazer novidades ao mercado brasileiro. Mas não revelou quais os modelos podem desembarcar no Brasil.

Com a saída de cena do Lancer que, no ano passado, teve apenas 1.353 unidades vendidas, atualmente, a Mitsubishi só produz a picape L200 Triton, que receberá um facelift no segundo semestre, e os SUVs ASX e Eclipse Cross, em Goiás. Os utilitários esportivos Pajero Sport, Pajero Full e Outlander continuam sendo importados.

O Mitsubishi Lancer chegou ao País em 2011, importado do Japão, e começou a ser produzido em Catalão em 2014. O sedã também não aparece mais no configurador do site da Mitsubishi e não sofria modificações relevantes desde que a oitava geração foi apresentada, em 2007. O sedã já tinha deixado o mercado norte-americano desde 2017.

A Mitsubishi, que é representada no país pela HPE Automotores do Brasil Ltda, encerou 2019 com a produção de quase 30 mil veículos em Catalão. É apenas um quarto de sua capacidade instalada, de 120 mil unidades por ano. A montadora vem enfrentando dificuldades há tempos por conta da crise econômica e da insegurança jurídica para efetivar novos investimentos em Goiás.

A situação ficou complicada com as mudanças nos programas de incentivos fiscais Fomentar e Produzir pelo governo do Estado, que também criou um novo programa , o ProGoiás, que não foi aceito pelos empresários com indústrias instaladas no Estado.

O consolo para as montadoras de veículos instaladas em Goiás – Caoa Hyundai, Caoa Chery, Mitsubishi e Suzuki – foi a decisão da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços ter aprovado em 6 de novembro de 2019 o projeto que estende de 2020 para 2025 o prazo para que montadoras instaladas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste contem com o crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre os veículos produzidos.

A fábrica da Mitsubishi tem 21 anos em Catalão, suas instalações produziram mais de 500 mil veículos, especialmente a picape L200, e viveram fases de expansão. Foi inaugurada nasceu com 14 mil m², hoje tem 247 mil m² e emprega menos de 2 mil pessoas. A marca promoveu duas expansões em Goiás. Em 2000, investiu US$ 100 milhões para produzir novos produtos e verticalizou processos, com introdução de sistema de pintura, ampliação da área de solda, construção de edifício para moldagem de plásticos. Depois, em 2010, a montadora investe R$ 1 bilhão para mais um ciclo de expansão, quando o mercado de veículos estava em franco crescimento no Brasil, no qual incorpora novos modelos na linha e inaugura a fábrica de motores, a primeira da marca fora do Japão.

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