sexta-feira, 26 de abril de 2024
Desemprego: trabalhadores criticam projeto da Assembleia

Desemprego: trabalhadores criticam projeto da Assembleia

Trabalhadores e entidades de classe reagiram com preocupação à decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de aprovar a revogação integral dos incentivos fiscais para indústrias dos setores automotivo e têxtil, bem como crédito outorgado ao setor sucroalcooleiro, que constam no artigo 3° da Lei 13.246/98. O projeto aprovado é de autoria […]

16 de outubro de 2019

Pedro Luiz Viczmervski, presidente da Ftieg: “Além do desemprego, o Estado sofrerá com a redução de arrecadação, pois grandes empresas estão sob risco de deixar Goiás”

Trabalhadores e entidades de classe reagiram com preocupação à decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de aprovar a revogação integral dos incentivos fiscais para indústrias dos setores automotivo e têxtil, bem como crédito outorgado ao setor sucroalcooleiro, que constam no artigo 3° da Lei 13.246/98. O projeto aprovado é de autoria do deputado estadual Humberto Aidar (MDB), também relator da CPI dos Incentivos Fiscais, que justificou que o prazo para tais concessões era de 5 anos, entretanto, tem sido prorrogado sucessivamente por 20 anos.

“O trabalhador já está de luto”, reagiu o presidente da Força Sindical em Goiás, Rodrigo Alves Carvelo, ao ponderar que está ocorrendo um desmonte da indústria no Estado e muitas vão buscar outros Estados para realizarem seus investimentos. ”Em nossa atuação mais próxima aos empresários já é possível notar a falta de interesse em continuar aqui”, revela, ao citar a Mitsubishi, em Catalão. “A indústria já demitiu centenas de trabalhadores e continua a fazê-lo”.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Anápolis, Reginaldo José de Faria, disse acreditar que se a Assembleia Legislativa não rever a CPI e a decisão de revogar os incentivos fiscais ao setor, a Caoa Montadora (que produz carros das marcas Hyundai e Chery no Daia) vai demitir parte dos 1.560 trabalhadores e deixará de contratar mais de 300 pessoas e de fazer investimentos em outros produtos. “A indústria deverá sair levando tudo isso para Jacareí, em São Paulo”, prevê.

Para o presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria do Estado de Goiás (FTIEG), Pedro Luiz Viczmervski, este não é o momento certo para tratar de assunto tão complexo. “Além do desemprego, o Estado sofrerá com a redução de arrecadação, pois grandes empresas estão sob risco de deixar Goiás”, frisa. Pelas redes sociais, os sindicatos estão passando informações aos trabalhadores e aos cidadãos sobre as consequências danosas do fim dos incentivos fiscais no Estado, pois milhares já estão receosos com o desemprego e os efeitos dele.

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