quinta-feira, 25 de abril de 2024
Com a compra da Norte-Sul,  Rumo dominará cinturão agrícola

Com a compra da Norte-Sul, Rumo dominará cinturão agrícola

Mesmo sob uma série de questionamentos na Justiça em relação ao edital do leilão, a empresa Rumo, do Grupo Cosan, venceu a disputa pelo trecho de 1.537 quilômetros (km) da Ferrovia Norte-Sul, entre Porto Nacional (TO) e Estrela d’Oeste (SP), com lance de R$ 2,7 bilhões, ágio de 100,92% superior ao valor mínimo de R$ […]

29 de março de 2019

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes Freire, participa do leilão de uma parte da ferrovia Norte-Sul na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo

Mesmo sob uma série de questionamentos na Justiça em relação ao edital do leilão, a empresa Rumo, do Grupo Cosan, venceu a disputa pelo trecho de 1.537 quilômetros (km) da Ferrovia Norte-Sul, entre Porto Nacional (TO) e Estrela d’Oeste (SP), com lance de R$ 2,7 bilhões, ágio de 100,92% superior ao valor mínimo de R$ 1,353 bilhão definido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), pela concessão de 30 anos.

O lance superou a proposta da VLI Multimodal, única concorrente do leilão realizado nesta quinta-feira (28), na B3, que ofereceu R$ 2,065 bilhões e ágio de 52,6%. A empresa, que tem como sócias Vale, Mitsui e Brookfield, detém a concessão do primeiro trecho da Norte-Sul, leiloado em 2007, entre Açailândia (MA) e Porto Nacional (TO). Este é o primeiro leilão do setor ferroviário nos últimos 12 anos.

De acordo com o edital, a demanda estimada para a Ferrovia Norte-Sul é de 1,7 milhão de toneladas até 2020, chegando a 22,7 milhões em 2055. A Rumo terá o domínio do cinturão agrícola do Centro-Oeste, que hoje já tem parte da produção atendida pela empresa do grupo Cosan.


Problemas
A Rumo já detém a maior malha ferroviária do País, com 12 mil km de trilhos. A empresa terá de investir R$ 2,7 bilhões, o que inclui a conclusão do trecho sul da ferrovia. Além disso, será responsabilidade dela fazer as correções nos trechos já concluídos pela estatal Valec. Nos últimos anos, o próprio governo detectou problemas com os materiais usados pela estatal na construção da ferrovia.

Os trilhos chineses, por exemplo, foram considerados inadequados para o transporte de carga, o que pode reduzir sua capacidade. Até a brita usada na estrada de ferro não está de acordo com as normas técnicas, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU).

Ao considerar o resultado excelente, o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou que as concessões ferroviárias não devem parar na Norte-Sul. Segundo ele, o governo está em processo avançado para enviar ao TCU os estudos da Ferrovia Oeste-Leste e da Ferrogrão, projeto que também vai explorar o transporte de grãos do Centro-Oeste.

Para o governador Ronaldo Caiado, a Ferrovia Norte-Sul vai promover uma revolução no processo produtivo de Goiás e do Tocantins, com a redução dos custos logísticos do transporte de cargas. (Com agências)

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