sexta-feira, 19 de abril de 2024
Empresas incubadas na UFG têm taxa de sobrevivência de 80%

Empresas incubadas na UFG têm taxa de sobrevivência de 80%

A taxa de sobrevivência dos negócios incubados pela UFG é de 80%, graças à busca pelo atendimento de todas as possíveis demandas das empresas acompanhadas.

8 de agosto de 2022

Luciana Rodovalho, da Multipet, que desenvolveu um antiparasitário

O Programa de Incubação de Empresas da Universidade Federal de Goiás (UFG) graduou 31 empresas desde 2004, por meio de seu Centro de Empreendedorismo e Incubação (CEI), e tem outros 16 projetos selecionadas e na fase de pré-incubação. Nestes 17 anos, foram gerados com o apoio do CEI mais de 60 produtos e serviços. A taxa de sobrevivência dos negócios incubados pela UFG é de 80%, graças à busca pelo atendimento de todas as possíveis demandas das empresas acompanhadas, desde a criação da marca, estratégia de marketing até registro de patente, quando é o caso.

Criado com a proposta de promover a cultura do empreendedorismo na comunidade acadêmica, transformar o conhecimento aplicado em inovação tecnológica e estimular a interação entre as empresas e a academia. O projeto, inicialmente, foi voltado exclusivamente para criação e desenvolvimento de empresas de base tecnológica. O leque de contemplados com as ações de consultoria foi ampliado e hoje atinge empresas de ramos diversos, como manejo de pragas, nutrição e saúde, além de startups e empresas juniores.

Entre as empresas incubadas, está a Multipet. Sua criadora, a farmacêutica industrial e PhD Luciana Rodovalho, desenvolveu um antiparasitário para tratamento de carrapatos, pulgas e vermes. É multi por tratar diferentes parasitoses, e é Multipet™ por tratar diferentes espécies animais e não somente cães, mas gatos, aves, coelhos e outros. Rodovalho conta que criou o produto a partir de seu ideal de tratar animais de estimação de uma maneira mais adequada, fácil de administrar, que não causasse efeitos colaterais ou resíduos ambientais.

Na semana passada a empresária participava do Startup Summit de Tecnologia, em Florianópolis (SC). Única do segmento pet presente no evento, ela concorreu com mais de mil empresas de diferentes segmentos da seleção dos top 100, depois dos top 24. “É uma alegria representar Goiás, a UFG e todo o ecossistema de inovação”, disse ao EMPREENDER GOIÁS. Sua empresa é apoiada pela Secretaria de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), em conjunto com a Fundação de Apoio à Pesquisa de oiás (Fapeg) e a UFG.

Selo de qualidade

Gerente do CEI da UFG, Anderson Almeida Dias afirma que a principal vantagem para os projetos incubados é a orientação para o desenvolvimento do negócio. Com o selo UFG de qualidade. “Faz diferença, por exemplo, quando vai prospectar clientes, dizer que a empresa participou do Programa de Incubação da UFG”, analisa.

O programa disponibiliza assessoria e orientação em todos os aspectos do negócio e está estruturado em cinco eixos do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne): mercado, capital, gestor, pessoal e tecnologia. “Damos apoio inclusive para propriedade intelectual (patentes)”, esclarece Dias. Graças a parcerias, o programa busca cobrir todas as necessidades de capacitação e assessoria.

Apesar do avanço do empreendedorismo, o gerente do CEI pondera que pesquisas apontam que 80% das empresas são fechadas com menos de cinco anos de atividade. “O mais grave é que mais de 80% não procuram uma assessoria especializada”, frisa.

No Centro-Oeste, ele aponta que apenas 17% procuram ajuda especializada, taxa levemente menor do que a do Brasil, de 17,9%. Anderson relata que pensava que essa situação se devia a problemas de caixa e investimento. “A questão é que a proposta de valor desses empreendedores não chega ao mercado”, lamenta.

Para isso, foi criado o Programa de Incubação de Empresas. Os projetos selecionados pagam um valor mensal de R$ 105,00 na fase de pré-incubação e de R$ 270,00 na incubação. Existe ainda a pós-incubação. “Não necessariamente o interessado tem de passar pela pré-incubação”, esclarece Anderson.

Além disso, cada projeto pode ter mais de um cofundador. Nesse caso, eles podem dividir os valores entre si. Muitas das capacitações promovidas pelo CEI são abertas ao público. Entre elas, a próxima será no dia 10 de agosto, um webinário sobre Design Thinking, em parceria com o Sebrae-GO.

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