Renda média dos goianos é a menor dos últimos 10 anos

O rendimento médio mensal dos goianos em 2021 foi de R$ 2.101, considerando todas as fontes de renda. O valor é o menor dos últimos dez anos, desde quando foi iniciada a série iniciada em 2012, mostra pesquisa divulgada nesta sexta-feira (10/6) pelo IBGE. O melhor resultado da série histórica no Estado foi em 2014, quando o rendimento médio mensal dos goianos chegou a R$ 2.402.

Para a análise, são utilizadas informações de rendimentos recebidos de todos os trabalhos e dos recebidos de outras fontes, deflacionados a preços médios de 2021.

Dos 7,2 milhões de pessoas residentes em Goiás em 2021, 60,5% tinham algum tipo de rendimento. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita, em Goiás, foi de R$ 1.270 em 2021. Esse valor representa queda de 5,0% em relação a 2020 (R$ 1.337). Com a queda no poder aquisitivo, 359 mil goianos tiveram renda média per capita inferior a R$ 100 por mês.

O rendimento médio mensal real domiciliar per capita em Goiás teve queda de 5% em 2021 em relação ao ano anterior, chegando a R$ 1.337. Os 5% com menores rendimentos receberam R$ 92 em 2021, 24% a menos do que em 2020 (R$ 121).

Já na classe de 1% com a maior renda, o rendimento médio domiciliar per capita foi de R$ 12.085, 0,5% menor do que no ano anterior. Em números absolutos, extrai-se que 359 mil pessoas em Goiás possuem rendimento médio domiciliar per capita de R$ 92, enquanto 72 mil alcançam o maior patamar, de R$ 12.085.

O economista Aurélio Troncoso ressalta que a inflação foi determinante para a queda da renda. “Também tivemos a pandemia que aumentou muito o desemprego. Então, os dados trazem o reflexo do fechamento de quase dois anos das empresas”, afirmou o economista ao Empreender em Goiás. Para ele, levantamentos como o do Caged, sobre empregos, mostram que o Brasil começou a sair da crise. “Sabíamos que o mundo sairia mais pobre da pandemia e a faixa salarial que mais sofre é a de quem recebe salário mínimo”, pondera, acrescentando que o Brasil está enfrentando aumento de preço de produtos e não uma inflação por aumento de demanda.

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