sexta-feira, 19 de abril de 2024
Mais de 50% das famílias precisaram de dinheiro para emergências em 2021

Mais de 50% das famílias precisaram de dinheiro para emergências em 2021

A pandemia da COVID-19 impactou negativamente as finanças dos brasileiros e brasileiras em 2021. Mais da metade da população (54%) precisou de dinheiro para alguma emergência no ano passado, segundo a pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha.

29 de março de 2022

A pandemia da COVID-19 impactou negativamente as finanças dos brasileiros e brasileiras em 2021. Mais da metade da população (54%) precisou de dinheiro para alguma emergência no ano passado, segundo a pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha.

O porcentual é maior nas classes A e B, que representam um quarto dos entrevistados. Neste grupo, 58% tiveram que buscar recursos para uma urgência e a maioria (45%) retirou dinheiro de aplicações financeiras ou de outras reservas que tinha antes da pandemia. Já o cheque especial, o limite dos cartões de crédito e até novos empréstimos foram a segunda principal ferramenta financeira (28%) utilizada por pessoas dessa faixa de renda. E vender algum bem foi a opção de 13% da amostra das classes AB que tiveram que buscar recursos para emergências no ano passado.

O comportamento é parecido quando se analisa as respostas das pessoas da classe C: nessa faixa, 57% precisaram realizar alguma atitude para ter dinheiro para emergências e também a maioria (43%) retirou recurso de suas aplicações ou reservas; 28% recorreram ao cheque especial ou cartão de crédito e 14% venderam algum bem.

Pessoas da classe D/E também tiveram que arranjar dinheiro para casos de urgência em 2021, mas o porcentual de pessoas impactadas foi menor do que as outras faixas de renda: 45%. Dados inéditos do Raio X do Investidor Brasileiro mostram que, nesse grupo, os recursos vieram de investimentos (poupança, fundos, capitalização) e/ou outras reservas realizadas antes de 2020; ou de novos financiamentos, cheque especial e rotativo do cartão de crédito — com porcentuais de 29% e 21%, respectivamente. Também nessa população, 14% dos que tinham algum bem optaram por vendê-lo para cobrir as despesas de última hora.

“Reserva de emergência, como o próprio nome diz, é constituída para imprevistos, como podemos classificar os reflexos da pandemia sobre o bolso de milhares de brasileiros e brasileiras de todas as classes sociais. Mas ainda é grande o número de pessoas que recorre ao cheque especial, que é um dos instrumentos de crédito mais caros do mercado. Isso indica que precisamos avançar na educação financeira, tanto para ajudar as pessoas a se prepararem melhor para situações de emergência quanto para ensiná-las a identificar instrumentos de crédito que melhor se adequem a cada circunstância.”, avalia Marcelo Billi, superintendente de Comunicação, Certificação e Educação de Investidores da Anbima.

A quinta edição da pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro foi realizada presencialmente entre 9 e 30 de novembro de 2021, com 5.878 pessoas das classes A, B, C e D/E, de 16 anos ou mais, nas cinco regiões do País. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

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