quinta-feira, 25 de abril de 2024
Indústrias químicas de Goiás não conseguem renovar alvarás

Indústrias químicas de Goiás não conseguem renovar alvarás

As indústrias químicas instaladas em Goiás vêm enfrentando sérios problemas para renovação do alvará de funcionamento junto à Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa).

17 de fevereiro de 2022

Jair Alcântara: “As exigências em Goiás não encontram similar em nenhum outro Estado”

As indústrias químicas instaladas em Goiás vêm enfrentando sérios problemas para renovação do alvará de funcionamento junto à Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa). “As exigências da fiscalização em Goiás não encontram similar em nenhum outro Estado”, afirma o presidente do Sindicato das Indústrias Químicas no Estado de Goiás (Sindquímica), Jair Alcântara, ao relatar morosidade, falta de parâmetros objetivos e adoção de critérios personalistas de agentes da Suvisa. “Isso tem trazido insegurança jurídica às empresas que, devido à falta de documento, não conseguem dar continuidade a projetos inovadores da indústria do setor, inclusive já reconhecidos em premiações nacionais”, complementou.

Diante dessas dificuldades, empresários reuniram-se com o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, na sede da pasta, para pedir a adoção de critérios objetivos e procedimentos padronizados. “A grande dificuldade enfrentada não é a legislação e sim a forma personalista de interpretação da mesma dada pelos agentes no ato de fiscalizar. O nível de exigência é interminável!”, disse.

De acordo com Jair Alcântara, sem alvará renovado, mesmo sem estarem interditadas, as empresas têm dificuldades em comprar determinadas matérias-primas, de fazerem registro de novos produtos e notificações, sem falar que há impedimento para se obter empréstimos para ampliação e compras de novos equipamentos “Se houver algum sinistro, há risco de até a seguradora não cumprir a apólice”, frisou.

De acordo com levantamento do Sindquímica, a maioria das empresas do setor de cosméticos, saneantes e domissanitários iniciam os procedimentos de renovação do alvará em janeiro e chegam ao final do ano com poucas possibilidades de ter o documento renovado pela Suvisa, mesmo buscando atender as RDCs 47 e 48 [Resolução da Diretoria Colegiada] e a Lei Estadual 16.140 e melhorando sensivelmente suas instalações.

Segundo o presidente do Sindquímica, Jair Alcântara, o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, mostrou-se sensível ao pedido dos empresários. “Saímos da reunião confiantes. Nosso objetivo é buscar um entendimento com os órgãos reguladores e de fiscalização para adoção de modelo adequado de entendimento da legislação e de critérios de fiscalização que sejam objetivos, com procedimentos padronizados, evitando-se interpretações subjetivas”, concluiu.

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