quarta-feira, 24 de abril de 2024
Produção industrial em 2021 tem queda de 4% em Goiás

Produção industrial em 2021 tem queda de 4% em Goiás

No ano passado, das oito atividades industriais pesquisadas pelo IBGE, cinco registraram queda em Goiás.

9 de fevereiro de 2022

Os setores alimentício e de biocombustíveis foram impactados, principalmente, pela queda na produção de cana-de-açúcar

A produção industrial goiana registrou queda de 4% em 2021, mesmo tendo crescido 8,8% em dezembro em relação a novembro, e 8,3% em relação a dezembro de 2020, conforme informou nesta quarta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também não foi suficiente para impedir o resultado negativo a alta de 15,5% nas atividades da indústria extrativa. Já a produção industrial brasileira cresceu 3,9%, com destaque para Santa Catarina (10,3%), Minas Gerais (9,8%) e Paraná (9%).

No ano passado, das oito atividades industriais pesquisadas pelo IBGE, cinco registraram queda em Goiás: fabricação de produtos alimentícios (-5,6%) produção de coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-9%); fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-21,8%), metalurgia (-16,3%) e fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-22,2%).

Por outro lado, tiveram alta a fabricação de outros produtos químicos (10,4%), fabricação de produtos de minerais não-metálicos (13,9%) e produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (84,7%).

Análise
“A queda de 4% na produção industrial goiana no acumulado em 2021 foi reflexo da desaceleração do setor de produtos alimentícios, com menor produção de açúcar e leite. E ainda do setor farmacêutico, com a menor fabricação de medicamentos registrados no Estado. Por sua vez, o setor de biocombustíveis, principalmente por questões climáticas, também teve a produção reduzida de álcool etílico e biodiesel”, explica o economista Marcelo Ladvocat, coordenador técnico da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Cotec/Fieg).

Os setores alimentício e de biocombustíveis foram impactados, principalmente, pela queda na produção de cana-de-açúcar. De acordo com levantamento da Conab, lembra, a safra de cana-de-açúcar em Goiás apresentou recuo de 9,5% em 2021 na comparação com a safra passada. Portanto, com a menor oferta da matéria prima, menor foi a produção com consequente aumento de preço e elevação dos custos de produção.

De acordo com ele, mesmo com fechamento negativo em 2021, a produção industrial goiana esboça o início da retomada. Na análise do 4º com o 3º trimestre de 2021, observa-se um ganho de dinamismo no setor, que pode se estender por 2022. “Destaca-se ainda, a base de comparação, quando em 2020, Goiás manteve a produção e não sofreu restrições no setor industrial, principalmente para àquelas indústrias consideradas de necessidade pública, no início e auge da pandemia ocasionada pela Covid-19”, frisa.

“De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM/ IBGE), na comparação com o mesmo período do ano anterior, Goiás acumulou uma taxa de 1,6% no ano de 2020 e o Brasil queda de 4,5%. O resultado se deve, principalmente, ao acumulado da fabricação de produtos alimentícios que tem grande participação no total da indústria de transformação do Estado”, afirma.

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