A pesquisa do Observatório Sebrae, realizada no terceiro trimestre de 2021, mostra que 85% dos micro e pequenos negócios em Goiás estão operando e desses 26% estão da mesma forma que antes, um avanço, pois trata-se do maior índice de funcionamento em 2021. A análise foi feita pelo diretor superintendente do Sebrae Goiás, Antonio Carlos de Lima Neto, ao fazer balanço de 2021 e apontar as perspectivas para 2022.
A pesquisa do Observatório Sebrae, realizada no terceiro trimestre de 2021, mostra que 85% dos micro e pequenos negócios em Goiás estão operando e desses 26% estão da mesma forma que antes, um avanço, pois trata-se do maior índice de funcionamento em 2021. A análise foi feita pelo diretor superintendente do Sebrae Goiás, Antonio Carlos de Lima Neto, ao fazer balanço de 2021 e apontar as perspectivas para 2022.
A pesquisa revela ainda que 59% estão funcionando com mudanças por causa da crise; 9% tiveram o funcionamento interrompido temporariamente e 6% decidiram fechar as portas de vez. Os três setores que continuaram funcionando mesmo diante da pandemia, como era de se esperar, são os de primeira necessidade, como oficina e autopeças com 40%, indústria e outros com 37% e saúde com 36%.
Entre os que estão funcionando com mudanças por causa da crise, encabeçam as academias e negócios de atividades físicas com 73%, educação com 71%, e beleza com 70%. Mesmo com a reabertura de milhares de negócios, total ou parcialmente, houve uma queda de 71% no faturamento, se comparado ao período antes da pandemia. A redução média do faturamento entre as que apresentaram queda foi de 34% e apenas 12% tiveram aumento no faturamento.
Ao destacar a importância da recuperação das MPE’s, Antônio Carlos de Lima lembrou que elas são responsáveis por 83% dos empregos gerados este ano em Goiás, percentual maior que o nacional que é de 79%. De janeiro a outubro deste ano, conforme dados do Caged, foram gerados 88.457 novos postos de trabalho em Goiás. Além disso, acrescenta, 55% da massa salarial de Goiás é gerada pelas pequenas empresas. Para completar, 61% da força de trabalho do Estado vem das MPE’s. “As empresas tiveram que se adaptar, se reorganizar e se ajustar para enfrentar o novo cenário pandêmico. Não foi fácil, mas os números mostram o quanto a vontade e a necessidade de superar fizeram a diferença”, enfatizou.
Perspectivas
Em relação a 2022, o diretor superintendente do Sebrae Goiás disse que espera resultados melhores do que os de 2021, mesmo tendo em vista que o cenário não é muito positivo, com inflação e juros altos. “Ao mesmo tempo que as medidas foram tomadas, as decisões foram encaminhadas, mas ainda temos alto índice de desemprego. Acredito que o trabalho do Sebrae vai promover o desenvolvimento dos empreendedores, fortalecer os pequenos negócios e como consequência gerar mais emprego e renda. É um passo de cada vez”, enfatiza Antonio Carlos.
Já o diretor de Tecnologia do Sebrae Goiás, João Carlos Gouveia, prevê que haverá a consolidação dessas empresas que não fecharam, crescimento das que tiveram o funcionamento interrompido e, conforme o ambiente econômico do País, a expectativa, é que muitos CNPJ sejam registrados e abertos em Goiás e no Brasil.