sábado, 20 de abril de 2024
CNI estima crescimento de 1,2% no PIB em 2022

CNI estima crescimento de 1,2% no PIB em 2022

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta crescimento de 1,2% para a economia brasileira em 2022, mas o cenário-base da entidade não contempla uma nova recessão. Pelo contrário, considera desempenho positivo a partir da “superação parcial de problemas conjunturais, como inflação, emprego e normalização das cadeias globais de valor a partir do segundo semestre do ano”.

16 de dezembro de 2021

Robson Andrade: O PIB industrial deve crescer apenas 0,5% no próximo ano”

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta crescimento de 1,2% para a economia brasileira em 2022, mas o cenário-base da entidade não contempla uma nova recessão. Pelo contrário, considera desempenho positivo a partir da “superação parcial de problemas conjunturais, como inflação, emprego e normalização das cadeias globais de valor a partir do segundo semestre do ano”. A CNI divulgou ainda outros dois cenários. No mais pessimista, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceria apenas 0,3%. Já no otimista, a expansão poderia chegar a 1,8% em 2022.

“A atividade econômica também deve se beneficiar da normalização da demanda por serviços prestados às famílias, o que ainda está abaixo do nível pré-pandemia, e também alguns setores industriais demandados ainda em 2021, principalmente aqueles ligados a investimentos, como a cadeia da construção civil e de bens de capital”, afirmou o presidente da CNI, Robson Andrade

Para 2021, a projeção é de crescimento de 4,7%. Segundo a CNI, a expansão do PIB neste ano reverte a queda de 4,1% em 2020, mas o resultado não significa que os problemas acentuados pela crise e os desafios estruturais do país tenham sido superados.  “A estimativa é menor do que o esperado no início do ano, devido às constantes quedas na indústria ocorridas no segundo semestre”, explicou, em comunicado. 

Entre os fatores conjunturais desfavoráveis, a CNI destaca a inflação elevada, com consequentes altas nas taxas de juros, o alto endividamento das famílias, o desemprego, a escassez de insumos e matérias-primas e os custos de energia em elevação. Além disso, para a entidade, ainda há incertezas sobre o andamento da pandemia e o temor de algum retrocesso, como ocorre atualmente na Europa.

PIB industrial

Depois de crescer a uma taxa projetada de 5,2% em 2021, o PIB industrial deve rodar abaixo da estimativa para a economia como um todo em 2022. Para a CNI, o setor deverá crescer apenas 0,5% no próximo ano. A projeção para a indústria de transformação é de alta de 0,5%; indústria extrativa, 2%;  e para a indústria da construção, a previsão de 0,6%.

A expectativa é de um aumento gradual do emprego que, com a desaceleração da inflação e o Auxílio Brasil, deve minimizar o processo de perda de poder de compra por parte das famílias.Além disso, a partir da segunda metade de 2022, a previsão é de regularização nas cadeias de suprimentos.

Outros indicadores

A CNI também divulgou projeções para as demais variáveis macroeconômicas. A entidade espera uma inflação de 5% em 2022, no teto da meta para o próximo ano. Já a taxa Selic, atualmente em 9,25% ao ano, deve chegar a 11,50% em dezembro de 2022. A taxa de desemprego deve continuar alta, em 13% na média do próximo ano.

O setor projeta que a taxa de câmbio média de 2022 ficará próxima da atual, em R$ 5,60. As exportações devem somar US$ 280 bilhões e as importações US$ 220 bilhões, culminando com um superávit na balança comercial de US$ 60 bilhões. Para o saldo de transações correntes, a CNI projeta um déficit de US$ 30 bilhões.

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