sábado, 20 de abril de 2024
Indústria crescerá pouco em 2022, prevê analista da CNI

Indústria crescerá pouco em 2022, prevê analista da CNI

Ao falar sobre o cenário econômico de 2022, em live da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), o gerente de Análise Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcelo Azevedo, afirmou que, mesmo com uma relativa melhora no mercado de suprimentos que tende a destravar a produção, a indústria crescerá pouco no próximo […]

10 de dezembro de 2021

Marcelo Azevedo: a pressão inflacionária vai continuar muito forte no início do próximo ano

Ao falar sobre o cenário econômico de 2022, em live da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), o gerente de Análise Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcelo Azevedo, afirmou que, mesmo com uma relativa melhora no mercado de suprimentos que tende a destravar a produção, a indústria crescerá pouco no próximo ano, mas com dinâmica mais favorável.

Para o analista da CNI, a pressão inflacionária vai continuar muito forte no início do próximo ano, especialmente por conta da questão dos insumos para o setor industrial. “Os efeitos serão sentidos nas indústrias e se refletirão nessa produção menor ainda durante algum tempo, embora as pesquisas mais recentes apontam que o pior ficou para trás”, frisou.

Marcelo Azevedo ressaltou a importância que a indústria tem para mudar esse cenário. “A gente vê que a agropecuária foi muito bem, mas apesar disso o PIB não foi. O Brasil foi mal, porque a indústria de transformação não cresceu”, frisou. Nesse sentido, o analista sugeriu mudança na dinâmica de crescimento da economia brasileira, com a indústria usando o seu poder multiplicador, que faz com que todo os outros setores também cresçam. “A indústria propicia competitividade a todos os setores da economia. Gera empregos de qualidade. Inova, desenvolve e gera conhecimento”.

Ao analisar 2021, Marcelo Azevedo apontou a alta da inflação, dos juros e o aumento do desemprego como fatores que refletiram no desempenho do setor industrial e comércio. Segundo o analista, a agropecuária praticamente não sentiu a pandemia em 2020, no entanto, recuou em 2021. Já o setor de construção civil se destaca com crescimento ininterrupto há cinco semestres.

Em sua explanação, Azevedo também defendeu a necessidade da reforma tributária ser aprovada pelo Congresso Nacional. Para o analista, a PEC 110 reduz a cumulatividade no sistema tributário, que ele considera um dos principais problemas na atualidade. “Um estudo da CNI, que será divulgado em breve, mostra que, em média, os resíduos tributários do atual sistema de tributação sobre o consumo representam 7,4% do preço líquido de tributos de um produto industrial feito no Brasil O resíduo retira a competitividade dos produtos brasileiros, seja na hora de exportar, seja na competição com os importados”.

O presidente do Conselho Temático de Assuntos Tributários (Conat) da Fieg, Eduardo Zuppani, lembrou que o aumento de preços que acelera a inflação é um reflexo do que ocorre no mundo. “O próximo ano é um tremendo desafio. Em 2021, houve a recuperação do PIB. Já em 2022, ano de eleição, podemos ter uma estagnação, o que afeta o setor industrial. Portanto, é importante conhecer as projeções e as análises econômicas e se preparar para o ano que está por vir”, ressaltou.

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