sexta-feira, 19 de abril de 2024
Rumos da indústria em Goiás

Rumos da indústria em Goiás

O novo presidente do Conselho de Administração da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (ADIAL), o empresário goiano José Garrote, reforçou a relevância da industrialização no Estado, como instrumento de desenvolvimento da economia e da sociedade, defendendo a existência de incentivos fiscais, aliadas aos investimentos na pesquisa, na inovação e na formação de capital humano.

16 de novembro de 2021

O novo presidente do Conselho de Administração da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (ADIAL), o empresário goiano José Garrote, reforçou a relevância da industrialização no Estado, como instrumento de desenvolvimento da economia e da sociedade, defendendo a existência de incentivos fiscais, aliadas aos investimentos na pesquisa, na inovação e na formação de capital humano. Garrote entende que essas ações irão avançar ainda mais os ganhos de produtividade desse setor, criando novos e melhores ambientes de negócios para o mesmo. Portanto, o presidente da ADIAL deixa evidente que o empresário industrial precisa dar um passo além dos incentivos fiscais para o seu crescimento sustentável.

Assim como o país, Goiás teve o seu processo de industrialização recente. Foi apenas no início dos anos 1970, no governo Leonino Di Ramos Caiado, que as primeiras políticas públicas em defesa da indústria goiana tornaram-se mais evidentes. Em 1973, foi formado o Fundo de Expansão da Indústria e Comércio – FEICON, que se responsabilizou por promover as primeiras indústrias no Estado, reforçado pela criação dos distritos industriais. O primeiro distrito goiano foi instalado em Anápolis, inaugurado em novembro de 1976, no governo Irapuan Costa Jr. Com os programas de incentivos fiscais Fomentar, nos anos 1980 do governo Iris Rezende, Produzir, noanos 2000 do governo Marconi Perillo e ProGoiás, atualmente do governo RonaldoCaiado, consolidaram-se a presença dessas políticas para a industrialização de Goiás.

Nos anos de 2018,2019 e 2020, o comportamento percentual do PIB industrial goiano foi de, respectivamente, -1,3%, 2,8% e 2,5%, de acordo com o Instituto Mauro Borges – IMB (2021), acima dos números do país, demonstrando o vigor industrial de Goiás. É correto reconhecer toda a importância para a industrialização goiana dessas expressivas políticas de incentivos fiscais promovidas há quase 50 anos por diversos governos. Os resultados foram positivos, aumentando não apenas a participação da indústria no PIB de Goiás, como também no do Brasil. Os efeitos multiplicadores da industrialização na economia promoveram  emprego e renda, fornecimento de matéria-prima e comércio, dentre outros benefícios. Agora a indústria precisa dar um novo salto na direção do seu desenvolvimento.

Conforme as palavras do presidente do conselho de administração da ADIAL, José Garrote, temos que investir em pesquisa e desenvolvimento, além da formação de capital humano. O sistema SENAI e outras instituições de ensino superior, públicas e privadas já colaboram para se cumprir esse desafio. Mas, precisam avançar as parcerias entre empresa e instituições de ensino, gerando mais pesquisas, criação de novos produtos, novos modelos de gestão de produção, além de outras demandas da indústria, sustentadas pelo maciço investimento em capital humano. Espero que a ADIAL, dentre outras instituições representativas desse setor, possa liderar todo esse processo de avanço industrial em Goiás. Que assim seja!

Paulo Borges Campos Jr.

Economista, doutor pela UFG e consultor sênior da Tarumã Consultoria pauloborges.consultoria@gmail.com

Paulo Borges Campos Jr é economista e Doutor pela UFG e secretário Executivo de Economia e Parcerias da Secretaria da Fazenda de Aparecida de Goiânia

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One thought on “Rumos da indústria em Goiás”

  1. Alexandre Lemos Barros disse:

    Parabéns meu amigo Paulo
    Vc sempre atento a nossa economia e a história goiana