Um completo raio X das cadeias produtivas do agronegócio em Goiás. Esse foi o desafio lançado na parceria estratégica firmada entre a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Goiás (Sebrae) nesta quinta-feira (30), na Casa da Indústria, para realização de amplo […]
Um completo raio X das cadeias produtivas do agronegócio em Goiás. Esse foi o desafio lançado na parceria estratégica firmada entre a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Goiás (Sebrae) nesta quinta-feira (30), na Casa da Indústria, para realização de amplo estudo destinado a identificar os gargalos que travam o crescimento da agroindústria no Estado, com execução técnica da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Idealizador da iniciativa, o presidente do Conselho Temático do Agronegócio (CTA) da Fieg, Marduk Duarte, destacou que a parceria viabiliza estudo com foco no mercado, na cadeia dos produtos e no incentivo à industrialização de commodities em Goiás. “Do campo à mesa dos goianos, do agricultor à indústria. Vamos percorrer esse caminho, identificar os gargalos e apresentar, até o meio do ano que vem, prévia do estudo para expor as prioridades de cada um dos setores aos candidatos ao governo do Estado”, afirmou.
O presidente da Fieg, Sandro Mabel, ressaltou a importância do trabalho para avanço de pauta estratégica para Goiás e o Brasil. “Nos últimos anos, a indústria goiana e nacional vem perdendo competitividade, com clara falta de políticas públicas de incentivo. Estamos vivenciando uma desindustrialização. Não existe País rico exportando commodities”, defendeu.
Sandro Mabel sustentou a necessidade de reter parte do que é produzido no agro para criação de áreas de industrialização, gerando emprego, renda e maior arrecadação para o Estado. “Temos que criar políticas alinhadas com a legislação internacional, proporcionando competitividade para exportarmos produtos industrializados, e não in natura. Caso contrário, o Brasil vai sucumbir ao mundo”, alertou.
O diretor-superintendente do Sebrae Goiás, Antônio Carlos Lima Neto, apresentou os objetivos do convênio firmado com a Fieg e listou as oito áreas do agronegócio que serão beneficiadas com informações estratégicas. Segundo ele, serão aplicados R$ 415,8 mil na realização do estudo, que beneficiará diretamente os segmentos produtivos de grãos (soja e milho), suínos, aves, lácteos, algodão, silvicultura, sucroenergético e de bovinos e couro.
“Com esse amplo mapeamento, esperamos identificar oportunidades de negócios e investimentos e propor soluções que tragam mais competitividade às indústrias e ampliem as possibilidades de substituição das importações”, explicou Lima Neto. De acordo com o diretor, a parceria tem o “propósito único de fortalecer a indústria e a cadeia produtiva goiana”, ofertando informações relevantes, que vão contribuir com a tomada de decisões, atrair investimentos e beneficiar um universo de cerca de 620 mil pequenos negócios.