terça-feira, 16 de abril de 2024
Três em cada 10 MEIs fecham as portas em até 5 anos de atividades

Três em cada 10 MEIs fecham as portas em até 5 anos de atividades

Os microempreendedores individuais (MEIs) são os que apresentam a maior taxa de mortalidade em até cinco anos. De acordo com a pesquisa Sobrevivência de Empresas (2020), realizada pelo Sebrae com base em dados da Receita Federal e com pesquisa de campo, a taxa de mortalidade desse porte de negócio é de 28% em Goiás, um […]

16 de junho de 2021

Os microempreendedores individuais (MEIs) são os que apresentam a maior taxa de mortalidade em até cinco anos. De acordo com a pesquisa Sobrevivência de Empresas (2020), realizada pelo Sebrae com base em dados da Receita Federal e com pesquisa de campo, a taxa de mortalidade desse porte de negócio é de 28% em Goiás, um pouco menor que a do Brasil, que é de 29%. No mesmo período, as microempresas têm uma taxa de mortalidade de 21,6% e as de pequeno porte, 17%.

“Goiás tem mantido taxas positivas e importantes na criação de novas empresas e de novas vagas de trabalho com carteira assinada. Nosso Estado tem sua base econômica no agronegócio e, este por sua vez, possibilita girar a roda da economia de forma positiva”, afirma o superintendente do Sebrae, Antonio Carlos de Souza Lima Neto, ao destacar que diversas pessoas que perderam seus empregos de carteira assinada buscaram formas alternativas de gerar renda em 2020.

Segundo ele, o Sebrae tem atuado para ampliar parcerias focadas no desenvolvimento das pequenas empresas. “Além do que, toda a atuação da entidade na oferta de seus produtos e serviços, grande parte gratuita, atende (presencial ou virtual) e capacita tanto os microempreendedores individuais, quanto os donos de microempresas e empresas de pequeno porte para que pratiquem uma boa gestão em seus empreendimentos”, frisou.

Segundo o estudo, é possível inferir que a maior taxa de mortalidade dos MEI também esteja associada à extrema facilidade de abrir e de fechar esse tipo de empreendimento, quando comparado às Microempresas (ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP). Logo, com a maior facilidade de registro e baixa, passa a ser natural entrar e sair de uma atividade, sem que isso gere implicações burocráticas excessivas.

Além disso, quanto menor o porte da empresa, mais difícil obter crédito para manter o capital de giro e conseguir superar obstáculos como os ocasionados pela Covid-19. “Independentemente do porte, 41% dos entrevistados citaram explicitamente como causa do encerramento da empresa a pandemia do coronavírus. Para 22%, a falta de capital de giro foi primordial para o fechamento do negócio”, explica o presidente do Sebrae, Carlos Melles. A pesquisa também detectou que 20% dos antigos empresários reclamaram do baixo volume de vendas e da falta de clientes.

Conforme a pesquisa, entre as empresas que encerraram as suas atividades, cerca de 34% dos entrevistados acreditam que ter acesso a crédito poderia ter evitado o fechamento da empresa. Ainda segundo o levantamento, apenas 7% desse grupo de empresas solicitaram crédito bancário e obtiveram êxito. “Esse dado comprova a importância de programas como o Pronampe, que foi criado para corrigir um problema histórico de acesso a crédito pelos pequenos negócios e que ampliou o acesso a empréstimos no país. Antes do programa, cerca de 11% das empresas conseguiam crédito, após a iniciativa, esse número saltou para 39%”, comenta Melles.

Ao analisar a sobrevivência por setor, o levantamento feito pelo Sebrae detectou que a maior taxa de mortalidade é verificada no comércio, onde 30,2% fecham as portas em 5 anos. Na sequência, aparecem Indústria da Transformação (com 27,3%) e Serviços, com 26,6%. As menores taxas de mortalidade estão na Indústria Extrativa (14,3%) e na Agropecuária (18%).

Minas Gerais é o estado com a maior taxa de mortalidade com um percentual de 30%. Distrito Federal, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina apresentaram uma taxa de mortalidade de 29%. Amazonas e Piauí foram os que apresentaram as menores taxas de mortalidade (22%), seguidos por Amapá, Maranhão e Rio de Janeiro (23%).

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