Prevista para estrear na terça-feira (6/4) na Bolsa, a empresa goiana LG Informática, com sede em Aparecida de Goiânia, enviou documento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) solicitando a interrupção por até 60 dias do prazo de análise de sua oferta de ações (IPO, na sigla em inglês). A empresa pretendia captar aproximadamente R$ 900 […]
Prevista para estrear na terça-feira (6/4) na Bolsa, a empresa goiana LG Informática, com sede em Aparecida de Goiânia, enviou documento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) solicitando a interrupção por até 60 dias do prazo de análise de sua oferta de ações (IPO, na sigla em inglês). A empresa pretendia captar aproximadamente R$ 900 milhões, considerando o preço de R$ 17,50, o meio da faixa de R$ 15,00 a R$ 20,00 por ação prevista.
Em nota, a LG Informática (LG lugar de gente) esclarece que a decisão foi tomada devido ao agravamento da pandemia, a instabilidade na política e as condições macroeconômicas no Brasil e no exterior. Conforme fontes do setor, as condições do mercado se tornaram adversas desde meados de fevereiro, deixando os investidores mais seletivos. O Itaú BBA, UBS-BB e BTG Pactual atuam na operação.
Segundo o documento, caso investidores já tenham efetuado qualquer pagamento, os valores depositados serão devolvidos sem qualquer remuneração, juros ou correção monetária, sem reembolso de custos e com dedução. “Na hipótese de deferimento do pedido de interrupção do prazo de análise do pedido de registro da oferta, a companhia, os acionistas vendedores e os coordenadores informarão o mercado caso a análise do pedido de registro da oferta seja retomada e, caso o seja, será publicado novo cronograma, bem como será aberto novo prazo”, informou.
Ao pedir registro para a oferta, em fevereiro, a empresa especializada em softwares de gestão de recursos humanos havia informado que pretendia usar o dinheiro para pesquisa e desenvolvimento, inclusive para projetos de monetização da base, aquisições de outras empresas e para reforço do capital de giro.
Entre os principais acionistas está o fundo Mont Blanc Brasil Partners, que detém 39% e pode zerar sua participação se forem exercidos os lotes adicional e suplementar. Daniela Reis Teixeira Mendonça, Mônica Nascimento Cunha e Gustavo Reis Teixeira têm 19,5% cada. A companhia atua com soluções de tecnologia para gestão de recursos humanos e não tem relação com a fabricante de eletrônicos sul-coreana LG.
Fundada em 1985, a empresa atende a negócios de variados portes, segmentos e números de colaboradores, ofertando soluções para melhorar a experiência de candidatos, gestores, colaboradores e profissionais de RH, além de contribuir com a produtividade e fluidez de processos de RH dos clientes. No ano passado, a LG Informática teve receita operacional líquida de R$ 116,2 milhões, alta de 6,1% ante os R$ 109,4 milhões de 2019.