quinta-feira, 25 de abril de 2024
Empresários acham tímido o pacote de ajuda do Estado

Empresários acham tímido o pacote de ajuda do Estado

Os empresários goianos entendem que o governo estadual foi tímido no seu pacote de medidas econômicas, anunciado na manhã desta terça-feira (16/03), para fomentar a economia neste tempo de pandemia causada pela Covid-19. Eles esperavam a extensão dos benefícios para as pequenas e médias empresas; o anúncio de um Refis para aquelas que não conseguirem […]

16 de março de 2021

Marcelo Baiochi, presidente da Fecomércio: empresas já vão para 28 dias de portas fechadas

Os empresários goianos entendem que o governo estadual foi tímido no seu pacote de medidas econômicas, anunciado na manhã desta terça-feira (16/03), para fomentar a economia neste tempo de pandemia causada pela Covid-19. Eles esperavam a extensão dos benefícios para as pequenas e médias empresas; o anúncio de um Refis para aquelas que não conseguirem liquidar seus compromissos fiscais, a médio prazo; o adiamento do pagamento dos impostos, como forma de segurar os empregos, neste momento que as vendas estão em queda em todos os segmentos da cadeia: indústria, atacado e varejo.


Entre as medidas econômicas, anunciadas pelo governador Ronaldo Caiado, estão a oferta de uma linha de crédito de R$ 112 milhões, pela GoiásFomento, para micro e pequenos empresários, microempresas individuais e autônomos, a juro zero, e prazo de pagamento de até 36 meses, desde que não ocorram demissões de trabalhadores. Regularização fiscal de juros atrasados de ICMS, ITCD e IPVA até o dia 4 de maio vindouro e prorrogação para agosto do prazo de pagamento do IPVA para carros com placas finais de 1 a 5. Além disso, o decreto publicado hoje no Diário Oficial do Estado estipula medidas restritivas para o funcionamento das atividades econômicas, como a suspensão dos funcionamentos durante 14 dias seguidos de 14 dias de abertura do comércio, exceto os serviços essenciais.

O presidente da Federação do Comércio, Marcelo Baiochi, disse que as empresas do setor de comércio/serviços, independente do seu porte, enfrentam dificuldades administrativas e financeiras. “Estas empresas já estão indo para 28 dias com as portas fechadas. Mas terão de pagar os impostos, salários, aluguel, água, energia e outras taxas. Estamos numa situação difícil. Por isso, as medidas governamentais deveriam ter sido mais amplas”, avalia. Ele reconhece que a liberação de R$ 112 milhões de ajuda a um determinado grupo de empresas vai ajudar a segurar a barra e até a fomentar a economia, desde que não haja burocracia para a aprovação dos cadastros das empresas, como ocorreu no ano passado. “Se é um socorro não se pode exigir muito de cadastros empresariais”, opina.

Indústrias
O presidente-executivo da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial), Edwal Portilho, reconhece que, no atual cenário, não existe solução que possa mitigar as paralisações do setor produtivo, principalmente dos pequenos e médios empresários que não têm acesso às linhas de crédito com facilidades. Por isso, ele entende que esta ajuda financeira do governo estadual é oportuna e vai ajudar as empresas, mesmo que seja de forma restrita, a equilibrar as contas neste momento crítico da pandemia.

A diretoria da Adial defende o adiamento do pagamento de impostos para que os recursos financeiros arrecadados, no momento, sejam para garantir os empregos. “A paralisação do comércio afeta diretamente as indústrias também, que já reduziram produção, inclusive de alimentos, e enfrentam a alta dos insumos básicos como embalagens, soja, milho e outros que tem seus preços cotados em dólar. A solução para a saída, mais rápida desta situação endêmica, na opinião dos empresários, é a aceleração da campanha de vacinação, inclusive com o apoio da iniciativa privada, já que está sendo impossível confiar no cronograma do governo federal.

PACOTE DE MEDIDAS

  • Liberação de empréstimos de R$ 112 milhões pela GoiásFomento
  • Juro de zero por cento
  • Valores variam de R$ 5 mil a R$ 50 mil
  • Prazo de pagamento de 6 a 36 meses
  • Prazo prorrogado por mais 6 meses para aquelas empresas que não demitirem trabalhadores
  • Podem ter acesso aos empréstimos empresas com faturamento de até R$ 360 mil
  • Regularização fiscal de juros atrasados de ICMS, ITCD e IPVA até o dia 04/05/21
  • Prorrogação para agosto do pagamento do IPVA para proprietários de carros com final de placas de 1 a 5
  • Retorno do revezamento das atividades econômicas a partir do dia 17 de março.
  • Sistema inicia com 14 dias de suspensão das atividades econômicas seguidos por 14 dias de funcionamento, sucessivamente

Segmentos atendidos pelo pacote:

  • Comércios atacadista, varejista e pequena indústria
  • Micros e Pequenas empresas, MEIS e profissionais autônomos

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