sexta-feira, 19 de abril de 2024
Empresas podem ficar fechadas por muito mais tempo

Empresas podem ficar fechadas por muito mais tempo

As prefeituras de Goiânia e de Aparecida de Goiânia publicaram ontem novos decretos prorrogando por mais sete dias as restrições às atividades econômicas não consideradas essenciais. Isto, de alguma forma, já era esperado pelas empresas. O receio agora dos empresários é outro: a possibilidade, cada vez maior, do fechamento das atividades econômicas permanecer por mais […]

8 de março de 2021

Prefeitos Rogério Cruz (Goiânia) e Gustavo Mendanha (Aparecida de Goiânia): novos decretos mantém empresas fechadas na Região Metropolitana

As prefeituras de Goiânia e de Aparecida de Goiânia publicaram ontem novos decretos prorrogando por mais sete dias as restrições às atividades econômicas não consideradas essenciais. Isto, de alguma forma, já era esperado pelas empresas. O receio agora dos empresários é outro: a possibilidade, cada vez maior, do fechamento das atividades econômicas permanecer por mais tempo do que a primeira quinzena de março.

É que o principal critério das prefeituras para flexibilizar as restrições é a taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com Covid-19 ficar em 70% ou menos. Esta taxa atualmente está superior a 95% e nada indica que deve baixar nesta semana, pelo menos não para menos de 80%, mesmo com a ampliação de leitos na rede hospitalar, como anunciado pela Prefeitura de Goiânia.

Para ainda nesta segunda-feira (08/03), o Paço promete abrir mais 15 novos leitos de UTI. Ainda assim, não será suficiente para baixar a taxa de ocupação sequer para menos de 90%. É que 99% dos leitos de UTI e de enfermaria exclusivos para pacientes graves com Covid-19 na capital estão ocupados. Dos 734 leitos de UTI em Goiás, 731 estão ocupados por pacientes com suspeitas ou confirmados com o coronavírus. Ou seja: 99,5% do total. Dos 1.456 leitos de enfermaria disponíveis, 1.021 estão ocupados.


Os prefeitos Rogério Cruz (Goiânia) e Gustavo Mendanha (Aparecida de Goiânia) publicaram ontem os novos decretos com pouquíssimas flexibilizações: as unidades de psicologia e de fisioterapia poderão funcionar, mas exclusivamente à reabilitação; as unidades públicas e privadas de atendimentos ambulatoriais de especialidades em saúde, com atendimento em 50% da capacidade, apenas com agendamento prévio.

Já as organizações religiosas poderão realizar missas, cultos e reuniões similares, desde que haja lotação de apenas 10% da capacidade e intervalo de 3 horas para que haja desinfecção do ambiente e superfícies. É obrigatório o uso de máscaras, além da distribuição de álcool em gel e a aferição da temperatura.


Os decretos dos prefeitos até ampliaram algumas restrições econômicas: não poderão ser realizados procedimentos estéticos e odontológicos; supermercados, hipermercados e mercearias poderão permitir a entrada de apenas um membro da família, exceto nos casos em que haja necessidade de acompanhamento; lojas ferragistas e de material de construção não podem abrir de forma alguma.

Reivindicações dos empresários
Lideranças empresariais pediram a flexibilização para alguns segmentos, como o da construção civil, que emprega milhares de trabalhadores na Grande Goiânia e não promove aglomerações. Mas o pedido não foi acatado, apesar das obras públicas estarem liberadas pelos prefeitos.


Os empresários (liderados pela Fecomércio e Acieg) também apresentaram proposta de suspender todo o transporte público da Região Metropolitana, para evitar aglomeração de pessoas nos terminais e ônibus. As empresas se responsabilizariam pelo transporte dos trabalhadores, com a compensação de poderem funcionar em horários alternados. As prefeituras também recusaram a proposta, apenas exigiram nos novos decretos que as empresas de ônibus só poderão funcionar apenas com o limite de passageiros sentados.


Os prefeitos de Goiânia e de Aparecida de Goiânia sinalizaram com a possibilidade de implantarem o escalonamento do horário de funcionamento das empresas ou abertura intermitente por escalonamento regional (empresas de uma região podem abrir por determinado tempo, enquanto as demais permanecem fechadas, num revezamento entre bairros), algo que ainda será avaliado nesta semana, para a partir da semana que vem. Ainda assim, dependerá do número de leitos disponíveis para pacientes com a Covid-19.

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