Goiás perdeu 3,5 mil lojas em 2020 em consequência da crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus, conforme levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Estado se posicionou em sétimo lugar no Brasil, ficando apenas atrás de São Paulo (-20,30 mil), Minas Gerais (-9,55 mil), Rio de Janeiro (-6,04 […]
Goiás perdeu 3,5 mil lojas em 2020 em consequência da crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus, conforme levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Estado se posicionou em sétimo lugar no Brasil, ficando apenas atrás de São Paulo (-20,30 mil), Minas Gerais (-9,55 mil), Rio de Janeiro (-6,04 mil), Paraná (-5,13), Rio Grande do Sul (-4,92), e Bahia (-4,14).
“O varejo goiano sentiu fortemente nas vendas e no faturamento os impactos das medidas restritivas mais severas contra a Covid-19, principalmente no primeiro semestre do ano passado”, afirma o presidente do Sindilojas-GO, Eduardo Gomes. Mas, na sua opinião, poderia ser ainda maior se não fossem as medidas provisórias que permitiram acordos entre empresários e empregados visando a manutenção dos empregos, bem como as linhas de crédito liberadas sobretudo para pequenas e médias empresas, através do Pronampe.
“Acredito que o varejo em Goiás já ensaiava a recuperação, mas agora, com o novo lockdown, a retomada deve ocorrer num ritmo mais lento do que esperávamos”, frisou o presidente do Sindilojas-GO.
Brasil
No Brasil, 75,2 mil unidades foram fechadas no ano passado – maior retração na quantidade de estabelecimentos desde 2016 (-105,3 mil), quando o setor ainda sofria os efeitos da maior recessão da história recente do país. O número é o saldo entre abertura e fechamento de estabelecimentos com vínculos empregatícios no comércio varejista brasileiro.
Nenhum segmento do varejo apresentou expansão no número de estabelecimentos comerciais em 2020. Destacou-se negativamente o ramo de vestuário, calçados e acessórios (-22,29 mil unidades), seguido pelos hiper, super e minimercados (-14,38 mil) e pelas lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (-13,31 mil). O número de empregos formais também foi reduzido. A perda foi de 25,7 mil vagas com carteira assinada, também a maior desde 2016. Naquele ano, foram eliminados 176,1 mil postos de trabalho.
As perdas do setor varejista foram sentidas logo em março, mas, a partir de maio, foi possível começar a reverter a situação, graças à rápida reação do mercado. Contribuíram fatores como o fortalecimento do comércio eletrônico e o benefício do auxílio emergencial, permitindo que o brasileiro pudesse manter algum nível de consumo”, afirmou o presidente da CNC, José Roberto Tavares, em nota.
A CNC prevê três cenários para 2021, um básico, um otimista e outro pessimista. No primeiro, as vendas avançariam 5,9%, em comparação com 2020, e o setor seria capaz de reabrir 16,7 mil novos pontos de venda este ano. No otimista, em que o isolamento social retornaria aos níveis pré-pandemia, o volume de vendas cresceria 8,7% e 29,8 mil estabelecimentos com vínculos empregatícios seriam abertos ao longo do ano. No pessimista, o saldo entre abertura e fechamento de lojas seria positivo em apenas 9,1 mil unidades.