sexta-feira, 19 de abril de 2024
Nova polêmica na licitação do porto seco de Anápolis

Nova polêmica na licitação do porto seco de Anápolis

O grupo Aurora da Amazônia Terminais e Serviços contratou por R$ 200 mil um serviço de lobby para negociar a compra de uma área de 300 mil metros quadrados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), às margens da Ferrovia Norte-Sul em Anápolis (GO), avaliada pelo mercado em R$ 90 milhões. O problema é […]

29 de novembro de 2020

O grupo Aurora da Amazônia Terminais e Serviços contratou por R$ 200 mil um serviço de lobby para negociar a compra de uma área de 300 mil metros quadrados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), às margens da Ferrovia Norte-Sul em Anápolis (GO), avaliada pelo mercado em R$ 90 milhões. O problema é que a empresa contratada pela Aurora para intermediar a negociação, a Rayzel Consultoria, pertence a Célio Cézar Ramos e tem como representante Mauro Ramos, que são irmãos de Cacio Antonio Ramos, assessor do Ministério da Infraestrutura e que, em 2017, assinou documento autorizando a transferência do terreno da Secretaria de Patrimônio da União para o Dnit.

Na prática, o documento assinado pelo assessor do Ministério da Infraestrutura permitiu que o grupo Aurora da Amazônia pleiteasse a compra da imensa área, necessária para a instalação de um futuro porto seco de Anápolis, exigência no edital de licitação da Receita Federal. A denúncia foi publicada na sexta-feira (27/11) pelo jornal O Estado de S.Paulo, que divulgou encontros realizados pelo lobby com autoridades do Dnit na sede da autarquia federal e também em locais externos, além de troca de e-mails entre os envolvidos na negociação que favorece a Aurora. É mais uma polêmica que envolve a licitação da concessão federal do porto seco de Anápolis (saiba mais aqui).

Ao jornal Estadão, o lobista Mauro Ramos confirmou ter recebido em duas parcelas os R$ 200 mil para intermediar no Dnit a aquisição da área em Anápolis, mas negou que tenha qualquer irregularidade. Além desta quantia, pelo contrato o escritório lobista ainda receberia um “bônus de sucesso” de 5% pela operação. Para fazer o pagamento ao escritório Rayzel Consultoria, o grupo Aurora teria usado uma outra empresa do grupo, a Roberta Serviços e Investimentos Ltda.

O terreno da União em Anápolis entrou na mira da Aurora depois que a empresa perdeu o direito de usa outra área que inicialmente apresentou na licitação da concessão federal do porto seco da cidade, após veto da prefeitura municipal. Ao jornal Estadão, o grupo Aurora afirma que não tem contrato com o escritório Rayzel Consultoria (embora não cite que o contrato foi realizado por uma de suas subsidiárias) e que estaria sendo vítima de “ataques infundados” promovidos pela concorrente na licitação da concessão para operar o porto seco de Anápolis. Após o questionamento do jornal, o Dnit informou que a área ao lado da Ferrovia Norte-Sul será devolvida para a União.

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