Os pequenos negócios criaram 14,3 mil novos empregos em Goiás, entre janeiro e setembro deste ano, colocando o Estado em oitavo lugar no ranking nacional de geração de postos de trabalho neste período, de acordo com análise feita pelo Sebrae, a partir de dados do Ministério da Economia. Em setembro, as micro e pequenas empresas […]
Os pequenos negócios criaram 14,3 mil novos empregos em Goiás, entre janeiro e setembro deste ano, colocando o Estado em oitavo lugar no ranking nacional de geração de postos de trabalho neste período, de acordo com análise feita pelo Sebrae, a partir de dados do Ministério da Economia. Em setembro, as micro e pequenas empresas goianas geraram 6.671 novas vagas.
Proporcionalmente ao número de pessoas ocupadas no final de 2019, conforme o estudo, os estados que mais se destacam são Goiás, Roraima, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Acre, Maranhão e Mato Grosso do Sul. Todos esses estão com saldo de empregos positivos, o que significa que, mesmo no contexto de pandemia, esses estados criaram novos postos de trabalho em 2020. A média de novos postos de trabalho criados nesses estados é superior a 1 novo posto a cada 50 existentes no final de 2019.
O estado de São Paulo foi o que mais gerou empregos em setembro (+47,6 mil postos), seguido de Minas Gerais (+22,9 mil postos). Mas, no acumulado do ano, os estados que registram os maiores saldos negativos de empregos são o de São Paulo (-141,6 mil), Rio de Janeiro (-82,3 mil), Rio Grande do Sul (-54,8 mil) e Minas Gerais (-27 mil).
Nacional
Análise do Sebrae aponta também que as micro e pequenas empresas foram as que mais demitiram no pior momento da pandemia do coronavírus no Brasil. Entre os meses de março e junho, elas fecharam pouco mais de 1 milhão de postos de trabalho, contra aproximadamente 605 mil das médias e grandes (MGE). Por outro lado, os pequenos negócios foram os que reagiram mais rapidamente à crise, recuperando cerca de 443 mil empregos nos meses de julho, agosto e setembro, enquanto as MGE criaram quase a metade dessas vagas (245 mil), no mesmo período.
Considerando o acumulado do ano (incluindo os meses anteriores à chegada da Covid-19), os dados mostram que, entre demissões e contratações, as pequenas empresas tiveram um saldo melhor, com cerca de 40 mil demissões a menos que as MGE. No conjunto da economia, entre janeiro e setembro, o saldo foi negativo em 559 mil vagas.
Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, os números confirmam um comportamento histórico já observado a respeito dos pequenos negócios: a resiliência e a enorme capacidade de recuperação desse perfil de empreendedores. “As micro e pequenas empresas são o motor da economia. Para sairmos mais rapidamente da crise, será fundamental continuar apoiando esses empresários. Isso passa por uma série de medidas, desde o apoio para que as empresas consigam digitalizar suas vendas até a ampliação da oferta de crédito, que é um oxigênio vital para manter essas empresas operando”, comenta Melles.
• Nos meses de março a junho, as micro e pequenas empresas demitiram cerca de 1 milhão de trabalhadores. No mesmo período, as médias e grandes encerraram 605 mil postos de trabalho.
• Entre julho e setembro, os pequenos negócios admitiram 445 mil pessoas, enquanto as médias e grandes abriram 245 mil vagas.
• No acumulado, entre janeiro e setembro, as micro e pequenas demitiram 294 mil pessoas, contra 333 mil demitidos nas médias e grandes.
• A Administração Pública gerou saldo positivo de 13,4 mil vagas em 2020.