Há três anos, os empreendedores goianos Paulo Medeiros, Roney Valdez e Wander Kenne Correa decidiram transformar numa oportunidade de negócios a automatização da produção de joias e semijoias, que dependia há vários anos de tecnologia importada. Os três investiram recursos próprios no valor de R$ 500 mil para desenvolver a Maxinject, uma máquina injetora de […]
Há três anos, os empreendedores goianos Paulo Medeiros, Roney Valdez e Wander Kenne Correa decidiram transformar numa oportunidade de negócios a automatização da produção de joias e semijoias, que dependia há vários anos de tecnologia importada. Os três investiram recursos próprios no valor de R$ 500 mil para desenvolver a Maxinject, uma máquina injetora de cera para moldes de joias e semijoias com nível de precisão e acabamento superior às concorrentes do mercado.
Produzida com mão-de-obra e matéria-prima 100% nacionais, a Maxinject será oferecida ao mercado na faixa de R$ 60 mil, em média, quase a metade do preço das máquinas importadas que são vendidas entre R$ 90 mil e R$ 120 mil cada unidade. “Além do preço menor, a injetora a vácuo produz até 2 mil peças por dia, enquanto, pelo sistema manual, um joalheiro experiente consegue fabricar somente cerca de 10 peças por dia. O resultado superou as nossas expectativas”, frisa o gestor de negócios Wander Correa, ao lembrar que os empresários locais passarão a ter peças e serviços de manutenção local.
Com o incentivo obtido pelo Programa Centelha, da Fapeg, os empreendedores acreditam que a capacidade de produção de máquinas injetoras passará de uma unidade/mês para 5 unidades/mês, até o final do ano. A máquina também tem como um de seus pontos fortes o fácil manuseio e um display com comandos intuitivos que facilitam a operação e o manuseio. “A Maxinject conseguiu um nível de sofisticação e controle elevado se comparada às outras tecnologias disponíveis no mercado”, comemora o mestre joalheiro Paulo Medeiros, com mais de 35 anos de experiência na fabricação de joias e semijoias.
Wander Correa prevê que a tecnologia irá atender um mercado em franca expansão que, atualmente, engloba cerca de 3.300 empresas de pequeno, médio e grande portes em todo o Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), Goiânia tem mais de 50 indústrias que produzem e vendem peças para todo o País e para alguns países da América Latina, Estados Unidos e Europa. “A capital goiana é referência em design e inovação de joias e semijoias, exportando peças para os EUA, Alemanha e vários outros países, competindo de igual para igual com os maiores produtores mundiais do segmento”, ressalta.
O projetista é Roney Valdez, Engenheiro de Software, com mais de 38 anos de experiência em Análise de Sistemas e Programação. Atuou como líder de projetos em sistemas pela IBM nos EUA, Europa e Ásia durante 15 anos. É autodidata desde os 14 anos na área de eletrônica. Neste ano, foi convidado para participar pesquisa e desenvolvimento de um novo respirador para UTI para atender a demanda gerada pela Pandemia da Covid-19 (Novo Coronavírus.
O processo de design de joias e semijoias começa pela criação e modelagem diretamente do computador e em seguida é confeccionado um protótipo modelo em uma impressora 3D. “Uma vez aprovado o modelo novo, são feitos os moldes desta peça em silicone e inicia a injeção de cera nos moldes usando a Maxinject, de uma forma econômica e eficiente, a injetora tem a capacidade de replicar com o mesmo padrão de precisão da matriz e em escala industrial”, explica o designer Antônio Gonçalves Araripe.
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Parabéns ,muito promissor o projeto!