As entidades dos segmentos econômicos que permanecem fechados em Goiânia tentarão uma última cartada nesta sexta-feira (04/06). Representantes do Fórum Empresarial terão reunião com o prefeito Iris Rezende, no Paço Municipal. A informação é do presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi. A intenção é convencer o emedebista da […]
As entidades dos segmentos econômicos que permanecem fechados em Goiânia tentarão uma última cartada nesta sexta-feira (04/06). Representantes do Fórum Empresarial terão reunião com o prefeito Iris Rezende, no Paço Municipal. A informação é do presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi. A intenção é convencer o emedebista da necessidade e da segurança de reabertura de shoppings centers e demais atividades. “Vamos conversar com o prefeito, porque, com os secretários, não há mais diálogo”, diz.
Baiocchi se refere aos secretários municipais Fátima Mrué (Saúde) e Walison Moreira (Desenvolvimento Econômico). Ambos são integrantes do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), que reúne técnicos da Prefeitura e representantes de órgãos externos. Na última segunda-feira (01/06), o COE definiu que os próximos 15 dias são cruciais para o combate à Covid-19 na capital. Portanto, uma maior flexibilização das atividades econômicas torna-se, segundo o grupo, neste momento inviável.
Baiocchi cobra o cumprimento do cronograma proposto pela Prefeitura na semana passada. Nele, foi aventado um escalonamento, que começou com a reabertura das imobiliárias e que continuaria com os shoppings e comércio varejista a partir do dia 6. No dia 13, seriam retomadas as feiras especiais, inclusive o comércio da região da Rua 44, hotéis e restaurantes. Por fim, viriam as academias de ginástica e bares. “O sentimento é de total decepção. Trato é trato. Ninguém é obrigado a fazer”, reclama o líder empresarial.
No encontro com Iris – do qual devem participar, além de Baiocchi, mais um ou dois representantes do Fórum Empresarial –, a Fecomércio reapresentará os argumentos para “reabertura com segurança”. Baiocchi lembra que a Fecomércio e outras entidades elaboraram protocolos sanitários, que não convenceram os secretários municipais. “Nossa esperança [de reabrir] dura 86 dias. Só perdeu a esperança quem já teve de fechar as portas”, afirma.
Na manhã dessa quinta-feira (04/06) uma nova manifestação ocorreu em frente ao Paço Municipal. Presidente da seção Goiás da Associação Brasileiras de Bares e Restaurantes (Abrasel-GO), Fernando de Oliveira Jorge conta que o segmento está parado há quase 80 dias. Nesse período, segundo ele, a Vigilância Sanitária da Prefeitura nem ao menos avaliou os protocolos propostos pelo segmento. “Enquanto isso, mais de 540 CNAEs [Classificação Nacional de Atividades Econômicas], que não têm qualquer protocolo, estão funcionando”, lamenta.
A manifestação, que, segundo os organizadores, reuniu cerca de 500 pessoas, teve participação de representantes do Sindiposto, Sindigás e Sindipitidogs. Os manifestantes foram recebidos pelo secretário Walison Moreira, mas não houve qualquer sinalização positiva. “Falta responsabilidade. Ninguém é obrigado a fazer uma proposta. Os empresários já se preparavam para reabrir. Alguns compraram estoque”, afirma Fernando de Oliveira.
Não da para um comércio ficar mais de 80 dias parados em Goiânia ou em qualquer lugar. Há meios de abrir com segurança e respeito as regras sanitárias.
Para os secretários é cômodo permanecer fechados, porque tem seus salários garantidos no final do mês, diferente do comerciante e ou prestador de serviços, que precisa a cada dia fazer o seu salário e ainda manter outras pessoas trabalhando em suas empresas.