sexta-feira, 19 de abril de 2024
Fecomércio: “só perdeu a esperança quem já fechou as portas”

Fecomércio: “só perdeu a esperança quem já fechou as portas”

  As entidades dos segmentos econômicos que permanecem fechados em Goiânia tentarão uma última cartada nesta sexta-feira (04/06). Representantes do Fórum Empresarial terão reunião com o prefeito Iris Rezende, no Paço Municipal. A informação é do presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi. A intenção é convencer o emedebista da […]

4 de junho de 2020

 

As entidades dos segmentos econômicos que permanecem fechados em Goiânia tentarão uma última cartada nesta sexta-feira (04/06). Representantes do Fórum Empresarial terão reunião com o prefeito Iris Rezende, no Paço Municipal. A informação é do presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi. A intenção é convencer o emedebista da necessidade e da segurança de reabertura de shoppings centers e demais atividades. “Vamos conversar com o prefeito, porque, com os secretários, não há mais diálogo”, diz.

Baiocchi se refere aos secretários municipais Fátima Mrué (Saúde) e Walison Moreira (Desenvolvimento Econômico). Ambos são integrantes do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), que reúne técnicos da Prefeitura e representantes de órgãos externos. Na última segunda-feira (01/06), o COE definiu que os próximos 15 dias são cruciais para o combate à Covid-19 na capital. Portanto, uma maior flexibilização das atividades econômicas torna-se, segundo o grupo, neste momento inviável.

Baiocchi cobra o cumprimento do cronograma proposto pela Prefeitura na semana passada. Nele, foi aventado um escalonamento, que começou com a reabertura das imobiliárias e que continuaria com os shoppings e comércio varejista a partir do dia 6. No dia 13, seriam retomadas as feiras especiais, inclusive o comércio da região da Rua 44, hotéis e restaurantes. Por fim, viriam as academias de ginástica e bares. “O sentimento é de total decepção. Trato é trato. Ninguém é obrigado a fazer”, reclama o líder empresarial.

No encontro com Iris – do qual devem participar, além de Baiocchi, mais um ou dois representantes do Fórum Empresarial –, a Fecomércio reapresentará os argumentos para “reabertura com segurança”. Baiocchi lembra que a Fecomércio e outras entidades elaboraram protocolos sanitários, que não convenceram os secretários municipais. “Nossa esperança [de reabrir] dura 86 dias. Só perdeu a esperança quem já teve de fechar as portas”, afirma.

Na manhã dessa quinta-feira (04/06) uma nova manifestação ocorreu em frente ao Paço Municipal. Presidente da seção Goiás da Associação Brasileiras de Bares e Restaurantes (Abrasel-GO), Fernando de Oliveira Jorge conta que o segmento está parado há quase 80 dias. Nesse período, segundo ele, a Vigilância Sanitária da Prefeitura nem ao menos avaliou os protocolos propostos pelo segmento. “Enquanto isso, mais de 540 CNAEs [Classificação Nacional de Atividades Econômicas], que não têm qualquer protocolo, estão funcionando”, lamenta.

A manifestação, que, segundo os organizadores, reuniu cerca de 500 pessoas, teve participação de representantes do Sindiposto, Sindigás e Sindipitidogs. Os manifestantes foram recebidos pelo secretário Walison Moreira, mas não houve qualquer sinalização positiva. “Falta responsabilidade. Ninguém é obrigado a fazer uma proposta. Os empresários já se preparavam para reabrir. Alguns compraram estoque”, afirma Fernando de Oliveira.

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One thought on “Fecomércio: “só perdeu a esperança quem já fechou as portas””

  1. Júlio Paschoal disse:

    Não da para um comércio ficar mais de 80 dias parados em Goiânia ou em qualquer lugar. Há meios de abrir com segurança e respeito as regras sanitárias.
    Para os secretários é cômodo permanecer fechados, porque tem seus salários garantidos no final do mês, diferente do comerciante e ou prestador de serviços, que precisa a cada dia fazer o seu salário e ainda manter outras pessoas trabalhando em suas empresas.