sexta-feira, 19 de abril de 2024
Academias temem insegurança jurídica para voltarem

Academias temem insegurança jurídica para voltarem

Com a liminar concedida pelo desembargador Gilberto Marques Filho, do Tribunal de Justiça de Goiás, autorizando a reabertura das academias de ginástica no Estados, empresários do setor se preparam para voltar a funcionar, mas ainda têm receio. Segundo o presidente do Sindicado das Academias de Goiás (Sindac), Dennis Egídio Gonçalves, os pequenos estabelecimentos devem retornar […]

21 de maio de 2020

Com a liminar concedida pelo desembargador Gilberto Marques Filho, do Tribunal de Justiça de Goiás, autorizando a reabertura das academias de ginástica no Estados, empresários do setor se preparam para voltar a funcionar, mas ainda têm receio. Segundo o presidente do Sindicado das Academias de Goiás (Sindac), Dennis Egídio Gonçalves, os pequenos estabelecimentos devem retornar imediatamente, porque os proprietários dependem exclusivamente do faturamento para o próprio sustento. Nas maiores, ainda há certo cuidado.

De acordo com a liminar, as academias têm de limitar em 30% a lotação, fornecerem máscaras para todos os funcionários e exigi-las dos clientes, disponibilizar álcool em gel em todos os equipamentos e realizar higienização mais rigorosa. “Também vamos aconselhar os alunos a tomarem banho em casa e não no vestiário da academia”, explica Dennis. As regras foram baseadas em decreto do governo de Santa Catarina, pois o decreto do governo de Goiás não permite a abertura das academias. Contudo, a decisão do desembargador Gilberto Marques Filho levou em conta o decreto do presidente Jair Bolsonaro que incluiu o setor nos serviços essenciais.

Segundo Dennis Egídio, as academias poderão receber um aluno por hora para cada sete metros quadrados disponíveis. Atualmente, segundo ele, a ocupação média é de um aluno para cada 1,5 metro quadrado. Além disso, os alunos não poderão malhar mais que uma hora consecutiva. “Agora só depende da gente. Se não fizer o que foi combinado, vai parar novamente, aí não se sabe quando volta”, alerta.

Proprietário da franquia Blue Fit em Goiânia – que tem quatro unidades –, Gustavo Madeira diz que só reabrirá no dia 1º de junho. Até lá, intensificará o treinamento dos funcionários e entrará em contato com os alunos. O empresário afirma que teme um abre-e-fecha e, por isso, espera que esse período seja suficiente para dar mais segurança jurídica ao setor.

“A grande dificuldade é que a liminar pode ser cassada em dois dias. Apesar de acreditar que a gente tem condições de reabrir, estamos preparados para isso. Vamos aproveitar o tempo para estruturar internamente, organizar a equipe, avisar a base. Quando abrir, realmente esteja tudo organizado, processos, equipes treinadas”, afirma. De acordo com Madeira, a rede já havia adotado novos procedimentos de limpeza e adquirido novos produtos químicos mais efetivos para a higiene da academia. “Os alunos vão ver uma academia como nunca viram. Com toda certeza, a Blue Fit será muito mais segura que muitos negócios abertos”, afirma.

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