quinta-feira, 25 de abril de 2024
Bares e restaurantes decidem permanecer fechados

Bares e restaurantes decidem permanecer fechados

Os proprietários de bares e restaurantes em Goiás até entregaram um plano para a reabertura gradual de seus negócios, mas demonstram dificuldade em cumprir todas as exigências impostas pelo governo do Estado e também avaliam que não haverá clientela suficiente para compensar a reabertura, caso cresça o número de casos de pessoas infectadas pelo Covid-19 […]

17 de abril de 2020

Os proprietários de bares e restaurantes em Goiás até entregaram um plano para a reabertura gradual de seus negócios, mas demonstram dificuldade em cumprir todas as exigências impostas pelo governo do Estado e também avaliam que não haverá clientela suficiente para compensar a reabertura, caso cresça o número de casos de pessoas infectadas pelo Covid-19 nas próximas semanas. Citam que em outras capitais, como Curitiba (PR) e Vitória (ES), os governos locais permitiram a reabertura mas o movimento está ainda até 90% abaixo da normalidade e quase a metade dos estabelecimentos enfrenta grande dificuldade financeira para voltarem a abrir.

Diante ainda da possibilidade de terem de fechar novamente as suas empresas, algo que o governador Ronaldo Caiado tem deixado claro que pode acontecer, preferem manter a quarentena para o setor e ainda aproveitar alguns dos benefícios concedidos pelo governo federal, como ajuda de custo para pagar salários dos empregados. Caso decidam retomar as atividades, vão perder boa parte destes benefícios num cenário de incerteza quanto ao retorno dos clientes.

Segundo o presidente da Abrasel Goiás, Fernando Jorge, na última quarta-feira (14/04) o governo de Goiás acenou com a possibilidade de reabrir os bares e restaurantes, observadas algumas exigências. Entre elas, destacam: mesas com distância de dois metros uma da outra; restaurantes só poderiam operar com 50% de sua capacidade; não poderiam abrir restaurantes self-service, comida por quilo ou qualquer tipo de buffet; não podem abrir restaurantes que não tenham ventilação natural e que dependam exclusivamente de ar condicionado; continua proibida a realização de show ou apresentação ao vivo; todos os colaboradores, inclusive garçons, devem usar máscaras descartáveis; a permanência do cliente no estabelecimento deve ser de até 40 minutos; boates, pubs e afins não poderão reabrir em hipótese nenhuma.

A Abrasel Goiás informa ainda que o governo estadual deu apenas cinco minutos para a entidade se posicionar sobre as exigências, justificando que havia urgência para a conclusão do novo decreto do governador Ronaldo Caiado. A entidade informou que seria praticamente impossível consultar a maior parte dos empresários do segmento neste curto prazo de tempo, considerando que o segmento, somente em Goiânia, reúne mais de 12 mil estabelecimentos.

Também avalia que, com a chegada de um expressivo volume de kits de teste para Covid-19, a tendência é de ser confirmar mais de 100 casos de pessoas infectadas por dia apenas na capital goiana, limite este imposto pelo governador para retomar e com maior amplitude as restrições às atividades econômicas que devem ser flexibilizadas a partir da próxima semana.

A Abrasel considera que o setor emprega mais de 40 mil funcionários só em Goiânia e muitos deles usam o transporte coletivo, o que também aumenta a possibilidade de propagar o novo coronavírus, numa época em que quase 90% dos leitos de UTIs disponíveis na rede pública estão ocupados. “Mesmo sabendo que não seria uma unanimidade para o segmento, tivemos que decidir e tivemos a coragem de afirmar ao governador que quando tivermos de reabrir, deverá ser com a inclusão de todas as empresas do setor, de maneira coordenada, programada e com muita responsabilidade com nossos colaboradores, clientes e fornecedores”, afirmou a entidade hoje em nota oficial.

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