quinta-feira, 25 de abril de 2024
Coronavírus: Fecomércio-GO defende adiar impostos e reduzir salários

Coronavírus: Fecomércio-GO defende adiar impostos e reduzir salários

Com o iminente fechamento de estabelecimentos comerciais, em decorrência da pandemia de Covid-19, a Fecomércio vai solicitar ao governo de Goiás e para a Prefeitura de Goiânia o adiamento do pagamento de impostos estaduais e municipais. Outra medida sugerida será a diminuição da carga horária e, consequentemente, a redução de 25% nos salários dos empregados […]

17 de março de 2020

Com o iminente fechamento de estabelecimentos comerciais, em decorrência da pandemia de Covid-19, a Fecomércio vai solicitar ao governo de Goiás e para a Prefeitura de Goiânia o adiamento do pagamento de impostos estaduais e municipais. Outra medida sugerida será a diminuição da carga horária e, consequentemente, a redução de 25% nos salários dos empregados do setor. As propostas foram apresentadas pelo presidente da entidade, Marcelo Baiocchi, na manhã desta terça-feira (17/3).

A entidade reivindica que o pagamento de tributos estaduais (como ICMS e IPVA de frotistas) e municipais (ISSQN e IPTU) sejam suspensos por 120 dias. Após esse período, eles seriam pagos parceladamente, ainda dentro do ano fiscal. “Não é uma isenção de impostos que estamos reivindicando, mas um apoio ao empresário para atravessar esse momento de dificuldade”, diz. Baiocchi afirmou que entregará um documento com as propostas ainda nesta terça-feira ao governador Ronaldo Caiado, com quem conversou nesta manhã, e, na quarta-feira, ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende, com quem terá uma reunião.

Além do adiamento do pagamento de impostos, a Fecomércio solicitará que os Procons estadual e municipal abram um canal de diálogo com os empresários, devido ao grande número de cancelamento de ventos e viagens, e que seja criada uma linha de crédito para os pequenos e médios empresários, por meio da Goiás Fomento. Ao prefeito Iris Rezende, a Fecomércio vai solicitar que taxas de eventos que foram cancelados sejam utilizadas para pagamento de eventos futuros.

Conforme Baiocchi, o maior temor é que esses empresários tenham dificuldade de fluxo de caixa. “O faturamento do comércio é diário. Um dia fechado, é um dia sem faturamento. Já as despesas mensais são fixas”, justifica. Segundo o presidente da entidade, há risco de que empresas menores não consigam reabrir as portas após o período necessário para coibir a pandemia da Covid-19. Baiocchi diz que espera os detalhes do decreto governamental que vai disciplinar o fechamento do comércio. A expectativa é que estabelecimentos da Rua 44, maior polo de moda do Estado, e shoppings centers tenham de fechar as portas.

Mesmo com possibilidade zero de o setor não cumprir o decreto, o presidente da Fecomércio diz que pretende conversar com o governo para buscar alternativas, como escalonamento de horário ou limitação de idade para frequentadores de shoppings. Supermercados e drogarias devem continuar abertos. “Não é preciso fazer estoque. As pessoas estão comprando o que não vão usar. Não vai faltar alimento, medicamento nem produto de higiene”, alerta.

Além das conversas com o governo, Baiocchi diz que a Fecomércio quer abrir um diálogo com os sindicatos dos trabalhadores. Uma das propostas é diminuir a carga horária e, consequentemente, os salários, em até 25%, durante o período em que os estabelecimentos permaneceram fechados. O presidente da Fecomércio acredita que, caso todas as medidas sejam tomadas, não há risco de demissões. “O desligamento de um funcionário é um processo caro. A contratação e o treinamento de um novo também”, explica.

“As medidas [tomadas pelo governo] são necessárias, estão dentro da necessidade. A dose do remédio não pode ser forte demais para o paciente”, afirma Baiocchi, que acredita que tanto as autoridades quanto as entidades empresariais estão buscando acertar nas medidas tomadas contra o novo coronavírus.

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