Os setores de eventos, turismo e hospitalidade de Goiás, a exemplo do que está ocorrendo em todo o País e no mundo, já sentem os efeitos da disseminação do Covid-19, mais conhecido como coronavírus. Mais de 30 eventos, de toda natureza, programados para acontecerem principalmente em Goiânia, Rio Verde e Pirenópolis foram adiados, sem data […]
Os setores de eventos, turismo e hospitalidade de Goiás, a exemplo do que está ocorrendo em todo o País e no mundo, já sentem os efeitos da disseminação do Covid-19, mais conhecido como coronavírus. Mais de 30 eventos, de toda natureza, programados para acontecerem principalmente em Goiânia, Rio Verde e Pirenópolis foram adiados, sem data prevista de realização, ou cancelados depois que o Ministério da Saúde e os Governos federal, estadual e municipais recomendaram o não aglomeramento de pessoas para se conter o avanço do vírus.
A vice-presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da Federação do Comércio do Estado, Fernanda Cury, contabilizou, até às 13h desta segunda-feira (16/03), a suspensão de 32 eventos de médio e grande portes, fora as festas de casamento, aniversários, coqueteis sociais, viagens de turismo e de negócios, eventos esportivos e outros, que seriam realizados no Estado nos próximos 60 dias.
Dois grandes eventos que, anualmente, movimentam a economia goiana, nos meses de março e abril, foram adiados: a Feira Tecnoshow da Comigo, em Rio Verde, a Festa da Fantasia e a prova da Stock Car, que aconteceria no próximo domingo, na capital goiana. “Os prejuízos para os setores de eventos, hospitalidade e turismo são incalculáveis. Ainda estamos fazendo as contas para avaliar o montante, mas já sabemos que esses segmentos da economia estão sendo muito afetados com o problema do vírus”, avalia. “O Brasil dos eventos parou”, disse.
O setor de eventos, turismo e hospitalidade é hoje peça importante da economia nacional, responsável por cerca de 25 milhões de empregos (diretos e indiretos), e por um faturamento anual de cerca de R$ 936 bilhões/ano (que corresponde a 12,93% do PIB nacional), de acordo com levantamento do Fórum do Setor de Eventos (ForEventos).
Desde a última sexta-feira, os representantes dos setores ligados a turismo, eventos, festas, hospedagens, bares e restaurantes estão em contatos mais estreitos (a maioria por videoconferência ou WhatsApp) para fazerem apurações dos fatos e traçarem estratégias para enfrentar a crise. A informação é que, neste último fim de semana caiu muito a taxa de ocupação nos hotéis e a movimentação em bares e restaurantes também despencou. As agências de turismo registram, a cada momento, pedidos de cancelamentos ou adiamentos de viagens nacionais e internacionais.
Fernanda Cury informa que, a qualquer momento, os representantes do setor se reunirão com representantes do Governo Federal, em Brasília, em nível regional, com o governador Ronaldo Caiado e com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, para solicitar medidas de proteção, como a isenção ou redução de impostos e contribuições sociais além da criação de linhas de crédito em bancos oficiais para fomentar o setor. “Só assim evitaremos a demissão em massa e a paralisação todas das nossas atividades”, salienta a executiva.
EVENTOS CANCELADOS OU ADIADOS EM GOIÁS